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“É preciso arrumar a casa”, afirma Küller

Candidato do PMB se coloca como terceira via, vê polarização nas eleições e prega ajuste na administração para retomar crescimento

 

Rodrigo Covolan
“Hoje a administração está beirando o caos. Criou-se uma máquina muito grande e gasta-se muito para mantê-la”

 

Candidato à prefeitura de Ponta Grossa pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), Júlio Küller se apresenta como ‘terceira via’ entre os concorrentes Marcelo Rangel (PPS) e Aliel Machado (Rede). A tônica do discurso de Küller é de ‘austeridade fiscal’. Na opinião do vereador, a administração municipal ‘está beirando o caos’ e é preciso ajustes para que investimentos possam ser feitos.

Ex-membro do governo de Rangel, onde ocupou a secretaria de Assistência Social, Júlio Küller afirma que rompeu com o prefeito por estar insatisfeito com a atual administração. O ex-secretário terá como vice sem sua chapa o empresário Dirlei Cordeiro e a afirma que os dissidentes e frustrados com Aliel também endossam sua candidatura, além de ressaltar o apoio do deputado estadual Marcio Pauliki (PDT). Confira trechos da entrevista.

 

 

Por que ser candidato?

“Me sinto com competência para me candidatar, pela experiência que tive no Legislativo, à frente da Assistência Social. A cidade é e foi mal administrada, acredito que é perfeitamente possível fazer um trabalho de representação e atenção às pessoas com gestão. É uma candidatura de quem sonha com uma cidade melhor, retomando seu crescimento. Percebemos um afastamento do Executivo das pessoas, da comunidade, e gastos onde não seriam o essencial. É preciso arrumar a casa, hoje a administração está beirando o caos. Criou-se uma máquina muito grande e gasta-se muito para mantê-la. O trabalho vai ser para deixar ela viável, eficiente, com um atendimento mais humanizado, para se poder investir em áreas como a saúde, segurança e pavimentação.”

 

Críticas de opositores

“É preciso absorver as críticas e passar com propostas. A certeza é que nosso grupo saiu de uma parte insatisfeita com a administração municipal, e outra parte insatisfeita com o Aliel. Isso mostra a decepção com estes dois grupos políticos na cidade e se criou esta terceira via como atração. A saída dos dois grupos políticos da cidade demonstra esse descontentamento. Não tenho problemas em admitir que fui secretário do governo do Marcelo Rangel e fui o mais bem avaliado, trabalhei de forma honesta, correta. E percebi que é possível se fazer uma gestão com os bairros, cuidando da administração e da estrutura dela.”

 

Apoios

 

“É preciso enaltecer o deputado Marcio Pauliki (PDT), não por estar na minha campanha, mas por cumprir aquilo que foi prometido, seguir com seu mandato. É uma condicional de honestidade e engrandece, ao contrário do outro deputado, que não terminou seu mandato como vereador, e agora não interrompe o de deputado. Isso mostra quais as intenções de cada pessoa. Unimos pessoas de diferentes setores, quem quer uma cidade melhor, não se detendo a interesses. Reunimos aqueles que pensam em uma Ponta Grossa melhor e que se frustraram com grupos políticos.”

 

Cenários da disputa eleitoral

“As dificuldades impostas pelos dois adversários é que eles tentam impor uma polarização e evitar o debate. A composição do nosso grupo foi muito dificultada por isso. Queremos debater a cidade, e essa tentativa de polarização mostra como vai ser ao longo da campanha. Temos de um lado grupo que se comporta com base em cargos comissionados para tentar unir o maior número possível de partidos, e do outro lado também vemos troca de votos, pressão. Mas temos um grupo formado por nove partidos, com condições de participar de uma campanha limpa, de forma tranquila.”

 

Viabilidade de governo

“Só se governa com propostas, fazendo uma administração coerente. Temos uma experiência como vereador e também como secretário. O que nos motiva é a proximidade com a comunidade. Faremos um governo com tranquilidade e sobretudo diálogo, passando as reais propostas.”

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