| José Aldinan/Divulgação |
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Secretário depõe na CEI da Dívida Ativa e concorda que há irregularidades em documento oficial |
Camilla Tavares
O secretário de Gestão Financeira, Odaílton Souza, concordou que o relatório encaminhado para a Comissão Especial de Investigação (CEI) da Dívida Ativa contém dados equivocados. O documento foi encaminhado pela prefeitura municipal à Comissão, mas possui dados que não condizem com a realidade, segundo o vereador Antonio Laroca Neto (PDT). Os dados foram mostrados ao secretário, que concorda que há uma discrepância entre os valores. Na lista, por exemplo, há dívidas de pessoas físicas que chegam a R$ 21 milhões.
Para o secretário, o problema não está no sistema utilizado pela prefeitura, mas sim no cuidado ao gerar os resultados e principalmente na hora de fazer a cobrança. “Eu acredito que da mesma forma que eles [vereadores] visualizaram com facilidade [os equívocos], isso se analisado por quem vai fazer a execução, quem vai cobrar, também é visualizado. Necessita de mais cuidado, mas dizer que não é confiável e de que está tudo errado também não é verdade”, acredita. Para Souza, o sistema possui um alto grau de confiabilidade.
Durante depoimento, o secretário informou que a prefeitura possui R$ 114 milhões a receber da população. Ele firmou compromisso de encaminhar esse relatório com todos os valores para que a CEI possa dar procedência à investigação. O setor da Dívida Ativa agora é de responsabilidade da Secretaria de Administração e Assuntos Jurídicos. Os vereadores informaram que, caso necessário, o secretário Josué Corrêa Fernandes pode ser convocado para depor.
O vereador Laroca disse ainda que estão muito descontentes com o relatório encaminhado pelo prefeito. “Ficou evidente a questão da falta de informação, de unidade. A gente vê que o secretário tem um domínio da área dele, mas ele não concorda com o valor posto aqui [no relatório] e é um valor efetivamente que não condiz com a realidade. Nós recebemos do prefeito um material totalmente em descompasso com a verdade”, afirma. Segundo ele, a CEI vai tentar explicação com a Procuradoria Regional e a Secretaria de Administração. “O secretário de Gestão Financeira reconheceu que as informações estão erradas, que não partiu dele, partiu da Procuradoria. Como que a gente pode fazer um trabalho de investigação em cima de um trabalho que não condiz com a realidade?”, indaga o vereador.
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