Hoje, segundo dia de painéis sobre inovação e novas tecnologias para o campo na Digital Agro, maior feira de tecnologia digital da América Latina, que acontece em Carambeí (PR), o grande tema dos debates foi o monitoramento e a gestão nas propriedades rurais, além da introdução da internet das coisas no campo, oportunidades de negócio que essa nova fronteira abre para produtores, pesquisadores e empresas do setor.
Com um público aproximado de cinco mil pessoas nos dois dias de realização do evento (ontem e hoje), organizado pela Frísia Cooperativa Agroindustrial, a Digital Agro discutiu temas como automação e robótica, monitoramento e sensoriamento e temas ligados a gestão e sucessão familiar no campo.
Os painéis atenderam ao público, que se manteve até o fim de todos eles, inclusive com discussões com as startups, que tiveram muita importância no evento, afirma Emerson Moura, superintendente da Frísia. Na sua opinião, a programação da feira cumpriu o seu papel e aproximou o produtor das ferramentas digitais de produção. A Digital Agro é um sucesso. Aqui o produtor teve a possibilidade de ver a tecnologia ao vivo. Antes, ele tinha criado o conceito de que a tecnologia digital não era para ele, mas a feira quebrou esse paradigma.
Luiz Fernando Sá, diretor editorial da StartAgro, projeto de conteúdo multiplataforma voltado ao agronegócio, afirma que a feira tem um potencial magnífico para ser uma referência em tecnologia e agricultura digital. Ela é muito bem organizada. A Digital Agro nos permite trazer conteúdo e debates para perto do produtor, destaca Sá. Existem muitas feiras, mas em locais onde o produtor não tem acesso. E o produtor tem uma expectativa alta em relação a tecnologias, mas desde que elas sejam simplificadas.
O produtor rural terá que acelerar mais para alcançar a tecnologia, que está distante dele e não para de avançar. Até aqueles que já a utilizam precisam andar rápido para acompanhá-la, conclui Moura.