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Despesas básicas estão perdendo peso

 

O crescimento econômico, a estabilidade no emprego e a facilidade de crédito estão mudando o perfil de consumo dos brasileiros. A afirmação é do diretor do IPC Marketing Editora, Marcos Pazzini, que esteve nesta semana palestrando em Ponta Grossa.

Segundo ele, as despesas básicas estão a cada ano pesando menos no orçamento das famílias. Na região (23 municípios), enquanto em 2006 a população gastou R$ 2,1 milhões, em 2011 foram R$ 3,6 milhões. O aumento é de R$ 1,5 milhão. No mesmo período, os gastos com as demais despesas corresponderam a R$ 3 milhões e R$ 5,2 milhões, respectivamente. O acréscimo chegou a R$ 2,2 milhões.

Na análise do potencial de consumo dos Campos Gerais, Pazzini compara os últimos anos. Enquanto em 2009 se consumiu R$ 1,84 bilhão com manutenção do lar (energia elétrica, água, telefone, impostos, aluguel, condomínio, etc), neste ano a previsão é que sejam aplicados R$ 2,24 bilhões. Por outro lado, as despesas (não básicas) implicaram no consumo de R$ 1,52 bilhão em 2009 e R$ 2,49 bilhões neste ano (previsto). “O principal peso nestas outras despesas é a construção civil”, destaca.

Além em suas comparações, Pazzini observa o comportamento do consumo num período maior: 2006 e 2011. Os gastos com alimentação fora do domicílio pularam de R$ 206 milhões em 2006 para R$ 362 milhões agora (estimativa). “As mulheres estão cada vez mais indo para o mercado de trabalho e assim se diminui o número de refeições em casa”, comenta. Os gastos com veículo próprio saltaram de R$ 339 milhões para R$ 496 milhões. “O peso das despesas básicas não está tão alto e por isto a população está investindo em outras coisas”, reforça.

Os gastos com medicamentos subiram de R$ 115 milhões para R$ 316 milhões. “A população está envelhecendo e assim consumindo mais medicamentos. Além disto, o preço vem subindo”, explica.  Outras despesas com saúde (hospitais, clínicas, convênios, etc) chegaram a R$ 154 milhões em 2006 e agora devem ser de R$ 241 milhões.

Classes

Pazzini chama a atenção dos empresários para o consumo nas classes econômicas. “A C (112.597 domicílios urbanos na região) é muito importante. Quase 50% dos lares estão nesta faixa, mas a B tem a concentração do consumo. É a bola da vez. A empresa que planejar pensando na classe B certamente se dará bem”, orienta.

 

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