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Deputados divergem sobre discurso de Bolsonaro na ONU

O discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, nesta terça-feira (24), repercutiu entre deputados de diferentes partidos.

Para a deputada Caroline de Toni (PSL-SC), Bolsonaro falou a verdade sobre ditaduras socialistas, como Cuba e Venezuela, e reforçou corretamente valores como democracia, livre comércio e integração comercial entre os países.

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), tuitou diversos trechos do discurso, como este: "A Amazônia não está sendo devastada e nem sendo consumida pelo fogo, como diz a mídia. Não deixem de conhecer o Brasil. Ele é muito diferente do que é estampado pelos jornais."

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) elogiou a citação ao ministro Sérgio Moro no discurso de Bolsonaro na ONU, que classificou de "linda homenagem".

"Despreparo"

Para o líder do Psol, deputado Ivan Valente (PSOL-SP), a fala de Bolsonaro mostrou despreparo e expôs um fundamentalismo religioso e uma visão ideológica falsa. Na avaliação de Valente, o presidente frustrou a expectativa mundial de que ele daria uma resposta ao desgaste que o País vem sofrendo por conta da questão ambiental, em razão, especialmente, das queimadas na Amazônia.

“Ele citou duas vezes a maior liderança indígena no País, que é o octogenário cacique caiapó Raoni, reconhecido internacionalmente, recebido no Parlamento francês, por qualquer líder mundial e aqui na Esplanada dos Ministérios recebe gás de pimenta. E ele defender que, no Brasil, a violência está sob controle? Sendo que ele sai do Brasil diante de uma comoção como foi o assassinato da menina Ágatha Félix.”

Pronunciamento

Em seu pronunciamento, Bolsonaro reafirmou o compromisso do País e de seu governo em preservar o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável, além de combater a corrupção e a criminalidade, inclusive os crimes ambientais.

Segundo o presidente, a imagem do País em relação à Amazônia está sendo alvo de uma visão sensacionalista, promovida pela mídia internacional e alguns chefes de Estado. Sem citar o nome do presidente francês, Emmanuel Macron, com quem trocou acusações recentemente, Bolsonaro lembrou que qualquer iniciativa de apoio à Amazônia ou às florestas deve ser tratada em respeito à soberania brasileira.

“É uma falácia dizer que Amazônia é patrimônio da humanidade e um equívoco dizer – como atestam os cientistas, que a Amazônia, a nossa floresta, é o pulmão do mundo. Valendo-se dessas falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, e com espírito colonialista. Questionaram aquilo que nos é mais sagrado: a nossa soberania. Um deles, por ocasião do encontro do G7, ousou sugerir sanções ao Brasil, sem sequer nos ouvir”, afirmou.

Bolsonaro também comentou que a visão indígena levada pelo cacique Raoni a fóruns internacionais não é única no Brasil e leu carta de um grupo de indígenas que defendem agricultura em seu território e autonomia para desenvolver atividades econômicas.

O presidente também reforçou que seu governo tem uma agenda de liberdade econômica e desburocratização e que está aberto a fechar acordos e parcerias com todos os que queiram trabalhar pela paz e liberdade. O presidente enfatizou, ainda, a necessidade de combater mundialmente crimes motivados por questões religiosas. E disse que governos que o antecederam quase levaram o País ao socialismo e promoveram ideologias na educação, mídia e cultura, invadindo lares e comprometendo os valores tradicionais da família.

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