O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta quarta-feira (22) um novo pedido de impeachment devido a falas contra o senador e ex-juiz que decretou a sua prisão, Sérgio Moro (União).
O deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PL) protocolou o documento “devido aos ataques de ódio ao ex-juiz”. Nunes é empresário e comunicador independente de rádio e TV no Rio Grande do Sul. Também é ex-presidente da TVE-RS.
Acabo de protocolar o pedido de impeachment de Lula, devido aos ataques de ódio ao ex-juiz e Senador Sérgio Moro.
— Bibo Nunes (@bibonunes1) March 22, 2023
O motivo do motivo seria “crime de responsabilidade”, já que em entrevista publicada recentemente, Lula disse que queria “se vingar dessa gente”, se referindo a Moro, em ocasião que também fez uso de palavrões.
Veja um trecho da entrevista:
Lula chora ao lembrar da prisão e revela que na época queria “f*der” Moro pic.twitter.com/MikuBtAAZQ
— BNews (@bnews_oficial) March 21, 2023
Pela manhã já circulava a informação de que integrantes de partidos como PL, União Brasil e Podemos pretendiam apresentar o novo pedido de impeachment do presidente. Para alguns deputados e senadores a fala teria sido uma tentativa de intimidação do Chefe do Poder Executivo. A informação foi publicada pelo portal O Antagonista, baseado em reportagem da Revista Crusoé.
Impeachment de Lula
Neste ano o presidente Lula já recebeu pelo menos outros dois pedidos de impeachment, apresentados no final do mês passado. Ambos têm relação com declarações de Lula, nas quais disse que o impeachment de Dilma Roussef em 2016 foi um “golpe de estado”. A título comparativo, durante os seus quatro anos de mandato, Jair Bolsonaro recebeu 158 pedidos de impeachment como presidente, por diversos motivos, conforme levantamento feito pela CNN.
“As motivações e justificativas para os pedidos de impeachment foram variados, desde crimes de responsabilidade por suposta negligência na pandemia, ataques ao Judiciário e seus membros, alegações de que teria havido fraude eleitoral até suposta interferência na Polícia Federal”, diz a reportagem.