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Deputado Michele Caputo pede contratação de leitos de UTI frente ao novo coronavírus

O avanço do novo coronavírus no Brasil e a confirmação dos seis primeiros casos da doença no Paraná tem preocupado as autoridades de saúde. Embora o Estado tenha uma estrutura robusta de atendimento, a tendência é que a demanda por leitos de UTI aumente nas próximas semanas.
Isso ocorre porque a Covid-19, doençape causada pelo novo vírus, tem se mostrado mais grave em idosos e pessoas com doenças crônicas pré-existentes. É justamente neste grupo de pacientes que doença é mais letal, tornando o suporte de UTI fundamental para o tratamento.
Diante disso, o deputado estadual Michele Caputo (PSDB) vai apresentar um requerimento solicitando que o Estado contrate leitos privados para reforçar a retaguarda de atendimento do SUS. “Temos que nos preparar agora, com medidas efetivas para evitar a propagação e também garantir um tratamento adequado para os pacientes”, afirmou.
DENGUE E COVID-19
Segundo ele, a epidemia de dengue já tem pressionado os serviços de saúde do Paraná e a chegada da COVID-19 deve estrangular ainda mais o sistema. “Apesar de termos aumentado significativamente o número de leitos de UTI no SUS do Paraná, o cenário que se apresenta revela a importância de abrir mais leitos, mesmo que de forma temporária. Em curto prazo, precisaremos usar a estrutura já existente, inclusive contratando leitos em hospitais privados e filantrópicos com capacidade para suprir essa demanda”, explica o deputado.
LEITOS EXTRAS
Durante sua gestão como secretário de Estado da Saúde, Caputo lançou mão dessa estratégia para arcar com os custos de leitos de UTI em regiões que tinham vazios assistenciais na área de urgência e emergência e materno-infantil.
“Na época, colocamos recursos próprios do Estado para abrir esses leitos enquanto o Ministério da Saúde não habilitava e custeava essas estruturas. A vida das pessoas não tem preço e, como gestor, tínhamos a responsabilidade de fazer o que for preciso para salvar vidas”, lembrou o deputado, que esteve à frente da Saúde do Paraná entre 2011 e 2018.
COMO SUPRIR A DEMANDA
O aumento no número de casos graves no Brasil pode superlotar as UTIs do SUS. De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), cerca de 95% dos leitos de terapia intensiva do país já estão ocupados, mesmo sem uma epidemia doença.
O estudo, feito pela Amib, estima que para suprir a demanda do novo coronavírus seria necessário aumentar em pelo menos 20% o número de UTIs disponíveis no SUS.
MIL LEITOS NO BRASIL
O Ministério da Saúde já sinalizou, no final de janeiro, que deve contratar mil novos leitos de UTI no Brasil. Até o momento, cerca de cem já foram habilitados. A pasta afirma que a medida que o número de casos forem aumentando, o número de leitos extras liberados também vai crescer.
LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Em seu pronunciamento no 13° Seminário da Femipa, em Curitiba, o atual secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, afirmou que sua equipe já está estudando inclusive alugar equipamentos para ceder a hospitais de referência. Além disso, ele informou que existe a possibilidade de colocar mais recursos de custeio. “Vamos passar por um momento duro”, alertou o secretário ao diretores de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos presentes.
CASOS CONFIRMADOS
Nesta quinta-feira (12) o Paraná confirmou seis primeiros casos de COVID-19. Trata-se de 5 moradores de Curitiba e um de Cianorte. Todos tem histórico de viagem ao exterior e estão em isolamento domiciliar. Os dados foram divulgados em coletiva de imprensa das Secretarias de Saúde do Paraná e de Curitiba.
 

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