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Defesa Civil teme volta da chuva que deixou rastro de destruição e 31 mortos no RS

Um ciclone extratropical atingiu o Rio Grande do Sul. Militares do Comando Militar do Sul trabalham ininterruptamente em apoio às equipes do Corpo de Bombeiros/RS e da Prefeitura local no resgate de milhares de famílias ilhadas em suas casas na cidade de Esteio. Foto: Exército Brasileiro/Twitter

O Governo do Estado do Rio Grande confirmou dez novas mortes na manhã desta quarta-feira (6), chegando ao total de 31 mortes registradas. Já em Santa Catarina, o governo confirmou uma morte pelo ciclone. O Governador do RS, Eduardo Leite (PSDB), usou suas redes sociais para afirmar que as autoridades estão empenhadas para salvar todas as vítimas do trágico incidente, que segundo ele, é o maior número de vítimas da história do Rio Grande do Sul em eventos climáticos.

Em coletiva de imprensa, o Coronel Marcus Vinicius Gonçalves Oliveira, subchefe da Defesa Civil, afirmou que o maior receio está na volta das chuvas ainda na tarde desta quarta-feira (6), visto que nem mesmo os rios registraram baixa no nível. A situação faz com que as autoridades tenham que acelerar nas buscas e resgates das vítimas do ciclone que atingiu o estado.

Diante da situação, Leite decretou ainda no início da tarde desta quarta-feira (6) estado de calamidade pública devido ao ciclone que passou pelo local, deixando diversas mortes e um grande rastro de destruição. Segundo ele, em conversa por telefone, o presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva (PT), se solidarizou com as mortes, mas afirmou que devido a uma viagem já marcada para a Índia não pode comparecer ao local.

Em coletiva, o governador do estado ainda afirmou que decretou que os bancos locais forneçam linhas de crédito especial para as pessoas que perderam suas casas para o temporal. Foram 1.650 desabrigados e mais de 3 mil desalojados segundo a Defesa Civil do Estado. “Helicópteros da Brigada dos Bombeiros e da Civil são empregados para resgates, com o apoio de 1 aeronave da PRF, 1 da FAB e 1 da Marinha”, afirmou Eduardo Leite ao dizer que os esforços agora estão na região do Vale do Rio Pardo.

Danos: Ciclone no Rio Grande do Sul

Os dois estados registram também inúmeros estragos provocados pelas tempestades. Em Santa Catarina, a Defesa Civil do estado confirmou a ocorrência de um tornado no município de Santa Cecília, na comunidade de Anta Morta. De acordo com o governo gaúcho, o Rio Taquari inundou as cidades de Muçum, Roca Sales, Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, Encantado e Colinas.  

No momento, o Rio Taquari permanece acima da cota de inundação nas estações Muçum, Encantado e Estrela. Já o Rio Caí ultrapassou esse nível nas cidades de São Sebastião do Caí e Montenegro. No Rio Grande do Sul, a Defesa Civil alerta para inundação do Rio Caí, que continua em elevação a partir do município de São Sebastião do Caí. Há risco de deslizamentos de terra, pois o solo continua úmido. Em quase todos esses municípios, famílias estão sendo retiradas de suas casas de forma preventiva. 

O estado registrou também queda de granizo, ventos fortes e tempestades, com os chamados transtornos associados (como enxurradas e inundações). Os estragos ocorreram, principalmente, na região dos Vales, no Norte e na Serra Gaúcha. Em alguns municípios, há pontes submersas ou interditadas. As enxurradas provocaram também a ruptura da ponte que liga Farroupilha a Nova Roma, com a queda de uma das cabeceiras. 

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No balanço mais recente, a Defesa Civil gaúcha registrou 62 municípios afetados pelas consequências do ciclone extratropical dos últimos dias e estimou em 25.734 o número de pessoas afetadas em todo o estado. No momento, o número de desalojados caiu de 2.649 para 215. A Defesa Civil contabilizou também 309 casas destelhadas e três destruídas.

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