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Decretado estado de calamidade no litoral


PREJUÍZOS
Vista aérea de Antonina, onde deslizamentos deixaram milhares de pessoas desabrigadas

O governador Beto Richa (PSDB) decretou na manhã de ontem estado de calamidade pública para os municípios de Morretes e Antonina. A medida do governo do Estado foi adotada para que sejam agilizadas as liberações de recursos para atendimento emergenciais nas duas cidades. Com a decretação de estado de calamidade pública, a contratação de serviços pode ocorrer sem a necessidade de abertura de licitações, o que facilita a realização das obras de recuperação e outras medidas necessárias para atender a população atingida pelas chuvas do último final de semana.

Segundo sua assessoria de comunicação, a situação no litoral recebe atenção total do governo. No fim de semana, Richa instalou um gabinete de emergência, integrado por representantes de várias áreas do governo, visando agilizar as providências necessárias para atender a população afetada pelas chuvas. “Neste momento o atendimento às vítimas das chuvas é prioridade do governo”, afirma o governador.

Equipes da Secretaria da Saúde, da Defesa Civil, da Polícia Militar, da Secretaria da Família, do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) da Mineropar e da Sanepar, entre outras secretarias e órgãos do governo, atuam no litoral para minimizar riscos, restaurar a infraestrutura e dar atendimento às famílias desabrigadas e desalojadas.

Ainda ontem, Richa recebeu um telefonema da presidente Dilma Rousseff (PT). Durante cinco minutos, a presidente e o governador falaram sobre a dimensão dos estragos causados pela chuva na região litorânea do Estado. Foi a primeira conversa entre os dois depois da posse. Dilma colocou-se à disposição do governo do Paraná para ajudar a população e os municípios da região e determinou o envio de uma ponte metálica do Exército, que estava em Porto União, na divisa entre Paraná e Santa Catarina, para substituir temporariamente uma das pontes que foi derrubada pela enxurrada.

O governador também conversou com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pediu a liberação de um helicóptero do Exército para transportar um equipamento necessário para recompor o funcionamento da estação de tratamento de água de Paranaguá, que também foi paralisada em decorrência do excesso de chuvas na região. A aeronave militar, que está no interior paulista, tem capacidade de carga de até 4 toneladas e será necessária por que não há acesso por terra para instalar o equipamento na estação de tratamento da companhia municipal Águas de Paranaguá.

Ministro vem avaliar situação

A situação dos municípios litorâneos foi tratada ontem em Brasília, durante reuniões nos ministérios da Integração Nacional e das Cidades. A senadora Gleisi Hoffmann (PT), parlamentares paranaenses, representantes do governo do Estado e os prefeitos Amilton de Paula (Morretes), Carlos Augusto Machado (Antonina) e José Baka Filho (Paranaguá), participaram dos encontros.

Na oportunidade, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, solicitou que os prefeitos agilizem a documentação necessária para a liberação de recursos e pediu para que as negociações e liberações sejam feitas por intermédio do governo do Estado, a fim de acelerar o processo. No entanto, Bezerra disse que só é possível falar em valores após uma análise detalhada do cenário.

Por isso, o ministro estará hoje em Curitiba para reunião com o governador Beto Richa e os prefeitos das cidades afetadas. A agenda ainda prevê um sobrevoo à região. Após esse levantamento de prioridades, Bezerra acredita que os recursos federais poderão ser liberados em um prazo de até dez dias.

Além de receber medicamentos e cestas básicas, o Estado poderá ser beneficiado com um programa especial do Minha Casa Minha Vida para a construção de até 1,5 mil unidades para atender as famílias que perderam suas moradias.

Bombeiros recebem donativos

Em Ponta Grossa, o 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros está recebendo doações para as pessoas desabrigadas e desalojadas devido às fortes chuvas e deslizamentos ocorridos na região do litoral. Segundo comunicado distribuído à imprensa, a corporação está recebendo roupas em boa conservação, colchões, alimentos, água mineral, leite em pó e longa vida, cobertores, materiais de limpeza e higiene. As doações estão sendo recebidas em todos os postos e no Quartel Central.

A Sanepar mandou, em 24 horas, 540 mil litros de água para abastecer a população de Paranaguá, onde um temporal no final de semana destruiu totalmente o sistema de captação. Em Morretes, a Sanepar normalizou o abastecimento para a população urbana ainda no domingo. Desde segunda-feira, cinco caminhões-pipa estão abastecendo os moradores da zona rural e transportando água para o hospital, creches, escolas e bairros mais afastados de Antonina.

Além da água em caminhão-pipa, a Sanepar enviou 100.800 copos de água que a Defesa Civil está distribuindo para a população, e para os motoristas de caminhão, retidos na BR 277, por conta do desabamento de pontes. Várias empresas também estão doando donativos à população afetada pelas chuvas.

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