O deputado Sandro Alex (PPS), vice-presidente do Conselho de Ética, disse que o acatamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) da denúncia do Ministério Público contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fortalece o trabalho do Conselho de Ética.
Depois de 120 dias, conseguiu, na madrugada de quarta-feira, ultrapassar a barreira montada pela da tropa de choque de Cunha e aprovar o parecer pela continuidade das investigações. Sandro Alex disse que o presidente da Câmara, na condição de réu da Operação Lava-Jato, não pode mais permanecer no comando da Casa. Cunha deve se afastar logo do cargo, sob pena de ser defenestrado pela Justiça. Ele não tem mais condições. Câmara está sangrando, disse Sandro Alex.
O deputado disse ainda que a denúncia do MP reforça o parecer original apresentado pelo deputado Marcos Rogério (PDT-RO) que pedia a abertura do processo de cassação por Eduardo Cunha ter recebido vantagens indevidas e ter mentido à CPI da Petrobras que não tinha contas no exterior.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na quinta-feira abrir ação penal contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, pelos crimes de corrupção. Com a decisão, Cunha passa à condição de primeiro réu nas investigações da Operação Lava Jato que tramitam na Corte. A votação, que começou na sessão de quarta-feira, foi unânime (10 votos a 0) quanto às acusações contra o presidente da Câmara.
A partir de agora, o processo criminal contra Cunha e a prefeita de Rio Bonito, que é aliada do presidente da Câmara, passa para fase de oitivas de testemunhas de defesa e de acusação.