Para receber o crédito máximo de R$ 500 por conta de FGTS a partir do dia 13 de setembro os correntistas da Caixa devem autorizar o saque até este domingo (25). A liberação será gradual, dependendo do mês de aniversário do trabalhador, e segue até o dia 9 de outubro. Quem não fizer a autorização vai poder sacar o valor seguindo o mesmo calendário dos demais trabalhadores, que também é gradual, relacionado ao mês de nascimento e vai de 18 de outubro de 2019 até 6 de março de 2020. No caso de quem tem poupança na Caixa a liberação será automática. Apenas quem preferir que o dinheiro permaneça no FGTS deve avisar o banco até 30 de abril de 2020.
O Governo Federal publicou nesta semana uma nota informativa assinada pelo Ministério da Economia com um estudo relativo aos impactos regionais da medida. Segundo a Caixa, o potencial é de uma liberação de até R$ 40 bilhões em saques, contemplando 96 milhões de trabalhadores – o que equivale a 46,3% da população brasileira.
O estudo aponta que ao todo o montante liberado representa 0,58% do PIB do Brasil e 18,6% da renda habitual média das pessoas que estavam trabalhando no começo de 2019; 81% das contas do FGTS possuem saldo inferior ao limite de R$ 500. “Em outras palavras, para 81% das contas essa medida devolve o valor integral dos recursos do trabalhador”, afirma a nota.
No Paraná mais de 6,32 milhões de trabalhadores poderão fazer o saque, totalizando R$ 2,41 bilhões disponíveis – 74% ainda neste ano e os outros 26% no início de 2020. Esse valor corresponde a 0,6% de todas as riquezas geradas pelo estado (PIB). “É importante destacar que o volume de saques não implica necessariamente um impacto maior da medida, e que se deve levar em consideração a situação das famílias mais vulneráveis de cada região. Para isso, é preciso verificar quanto o saque liberado representa em termos de PIB, da renda habitual média, do valor da cesta básica e do montante de dívidas, para cada região”, destaca o estudo.
Na avaliação do Ministério, a liberação é particularmente relevante para as pessoas que possuem rendimento habitual mensal de até R$ 500 – no estado, esta parcela corresponde a 21% da população. “A melhoria das condições de vida das famílias também pode ser evidenciada pelo poder de compra do saque médio em termos de cestas básicas para cada região. No Sul, a cesta básica poderá ser comprada para um período aproximado de 1 mês e 5 dias através do saque máximo [R$ 500]”, afirma a nota.
Outro ponto destacado como positivo é a possibilidade de pagamento de dívidas em atraso. Segundo dados do SPC Brasil, um terço dos devedores da região Sul possuem dívidas de até R$ 500, apesar de 37% estarem com débitos de R$ 500,01 a R$ 2.500.