O Natal é a principal data comemorativa do varejo e deve movimentar R$ 35,9 bilhões em 2019. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera-se a contratação de 91 mil trabalhadores neste fim de ano, um aumento de 4% em comparação com 2018 e o maior número em seis anos. No Paraná, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) estima a geração de 6 mil vagas – crescimento de 16,59% em relação ao ano passado.
Assim como em todo o país, em Ponta Grossa as admissões já foram iniciadas e devem ser ainda mais intensificadas nas próximas semanas. Segundo o coordenador da Agência do Trabalhador, John Elvis Ramalho, diariamente surgem novas vagas temporárias. “Apesar de concentrar a maioria, não é só o comércio que contrata devido ao aumento da demanda de Natal, mas também os serviços e a indústria. Na primeira semana de dezembro deve ocorrer a maior demanda, já que é neste período que fecham as contratações de 30 dias”, explica Ramalho.
Considerando apenas o mês de outubro – quando faltam 90 dias para o Natal – o órgão municipal mais do que dobrou a oferta, passando de 36 em 2018 para 86 em 2019. “Após dezembro iniciam-se as contratações da agricultura; em janeiro diversas vagas são abertas para as colheitas da safra”, lembra o coordenador.
Durante todo o ano passado foram oferecidas 727 vagas, sendo a maioria em dezembro (197) e com janeiro em segundo lugar (132). Neste ano, até agora, já são registradas 646 vagas, com a tendência de destaque para janeiro, com 131 vagas. Comparando-se o período de janeiro a novembro de 2018 com janeiro a meados de novembro de 2019 o incremento já é de 21%.
Perfil
Segundo a Sondagem realizada pela Fecomércio PR, as empresas que antes contratavam apenas um colaborador temporário passaram a contratar mais: aumentou a parcela de estabelecimentos comerciais que pretende contratar entre duas e cinco pessoas, passando de 24% no ano passado para 35% neste ano.
As vagas temporárias devem se concentrar nas funções de vendedor (46,2%), atendente geral (15,4%), porteiro (7,7%), caixa (7,7%) e assistente de cabeleireiro (7,7%). Também devem ser contratados profissionais de produção, montador, empacotador, conservação, limpeza e portaria, conferente, auxiliar de serviços gerais e auxiliar de cozinha.
A maioria das vagas temporárias geradas nos setores de comércio e serviços, 69,23%, exige o Ensino Médio; 23,08% apenas o Ensino Fundamental; 3,85% o Ensino Técnico e apenas 3,85% não exigem escolaridade.
E para os trabalhadores temporários que se destacarem, as possibilidades de efetivação são grandes: 68% dos empregadores consideram transformar a vaga temporária em efetiva. A parcela é bastante semelhante ao ano passado, quando as chances de efetivação eram de 70%.