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Como evoluiu o esquema tático no futebol

Os esquemas táticos são a espinha dorsal para o funcionamento das equipes de futebol e seguem evolindo de forma asbstrata desde que o esporte foi criado, há mais de 100 anos. Desta forma, o Operário Ferroviário segue nesta tragetória tática e também passando por desafios, que nos últimos anos foram contempladas com grandes conquistas no futebol paranaense e também nacional.

De acordo com o presidente Álvaro Góes, tudo pelo que passa o Fantasma neste momento se deve ao título da Taça FPF Sub-23, conquistado em 2016 e que garantiu a participação do Operário Ferroviário na Série D. A partir de então, o time do Alvinegro de Vila Oficinas, seguiu uma trajetória vencedora, levantando seguidamente as taças do Campeonato Brasileiro da Série D, em 2017 e depois d Brasileirão da Série C, em 2018, além de conseguir o acesso à elite do futebol paranaense como campeão invicto.

Antes de tudo isso, porém, o Fantasma já havia conquistado pela primeira vez o campeonato paranaense, em 2015, numa final épica diante do Coritiba. Na ocasião o técnico era Itamar Schulle, e Gerson Gusmão ainda atuava como auxiliar técnico. Agora, nesta temporada 2019 o desafio do Fantasma é de buscar o bicampeonato estadual e também beliscar uma classificação na Série A, já que tem peça frente o Campeonato Brasileiro da Série B, que começa dia 27 de abril. O Fantasma estreia em casa diante do América Mineiro.

Evolução no esquema tático

Sistemas ou esquemas táticos são formas, táticas de jogo, as quais o treinador arma o time para superar a equipe adversária. Tanto ofensiva como defensivamente, essas formações são de extrema valia para o desenrolar do jogo de futebol. Dessa forma vários esquemas foram estabelecidos, estudados e são a própria essência do jogo no futebol profissional.

Itamar Schulle foi embora e a caminhada de Gerson Gusmão como comandante da equipe do Operário Ferroviário iniciou em 2016. De lá para cá, o treinador de 44 anos, fez história no clube de Vila Oficinas, conquistando quatro títulos e utilizando algumas variações no esquema tático, que aliás tem suas párticulares variações no futebol de forma geral.

De acordo com Gerson Gusmão, que agora está na sua quarta temporada à frente do Fantasma, para formatar um bom esquema tático, tudo depende das características de cada jogador disponível no elenco e também conforme a proposta de jogo a ser disputado na rodada.O treinador também entende que durante o desenrolar de uma partida, o esquema tático também muda naturalmente conforme a necessidade..

“Para cada jogo existem variações e situações que obrigam a alterar determinado esquema tático. No início, quando cheguei aqui no Operário, o time estava jogando basicamente num 4-4-2, depois mudou para um 5-3-3. Com o passar do tempo, utilizei também o 4-2-3-1 e o 4-4-2. Neste início de temporada, estou trabalhando num sistema 4-2-3-1. Acredito que esse é um sistema mais voltado para o ataque, com três jogadores de meio indo à frente”, explicou o treinador alvinegro.

Ele também entende que no futebol as coisas mudam constantemente e cita como exemplo a mudança ocorrida após a Copa do Mundo de 1982, quando a seleção brasileira jogava um futebol bastante ofensivo, mas que acabou eliminada do Mundial na Espanha depois de perder por 3 a 2 para a Itália.

“Era um time muito bom, com cinco atacantes, e que basicamente jogava o futebol praticado no Brasil e também em outras partes do mundo. Mas, a derrota do Brasil para a Itália, num jogo em que precisava apenas do empate, mudou a visão no esquema tático e começaram a surgir os volantes. O jogo ficou mais voltado para a marcação. Mas hoje, isso está mudando um pouco, Hoje os volantes já estão tendo mais liberdade para ir à frente e essa variação no esquema tático é que está acontecendo ultimamente. A tendência é que as equipes utilizem o conta-ataque. É o que estamos vivenciando na prática, principalmente das equipes que jogam contra nós “, disse o treinador alvinegro.

Após a eliminação no primeiro turno do Campeonato Paranaense – Taça Barcímio Sicupira, agora a missão do Operário Ferroviário nesta temporada 2019, é vencer o segundo turno do Paranaense- Taça Dirceu Kruger, que também significa uma vaga na edição da Copa do Brasil, em 2020, além da disputa do Campeonato Brasileiro da Série B, que começa no dia 27 de abril.

Opinião

Sobre as alternativas em relação a formataçlão do esquema tático, o comentarisa esportivo Diomar Guimarães, entende que é pciso mexer o mínimo posível. "Se ficar mudando, dessa forma o time nunca criará uma identidade, um padrão de jogo. As constantes trocas no comando técnico dos clubes favorece esse tipo de situação, cada um implantando o seu sistema de jogo, atrapalhando a forma de jogar de uma equipe. Times, por melhor que sejam, trocando mais de uma vez o sistema tático, dificilmente conseguem obter sucesso nos campeonatos que disputam", availou o comentarista.

"Acho o sistema do Gerson Gusmão muito eficiente.Para colocar em prática o sistema de jogo dele é preciso um time muito bem preparado fisicamente, pois o time joga com uma intensidade muito grande. É um time que joga com a bola e quando atacado todos os jogadores são obrigados a recompor e auxiliar na marcação para retomada de bola. Um sistema que toma poucos gols, marca gols, marcação forte e excelente posicionamento, dificilmente perde", completou Diomnar Guimarães.

Assim, o técnico Gerson Gusmão terá muito trabalho pela frente e também deve realizar algumas variações no esquema tático. “Na verdade a ideia é trabalhar dentro de um esquema tático definido e dessa forma ir buscando o equilíbrio do time. É aí que surgem as variações conforme pede o jogo”, explicou o técnico do Fantasma.

Para os especialistas, o sistema não deve ser mudado constantemente pelo treinador, e sim táticas diferentes que devem ser usadas em função de cada adversário. Para que um sistema obtenha êxito é necessário que ele seja fácil de ser assimilado pelos jogadores, pois deve haver um equilíbrio entre o ataque e a defesa, com uma distribuição correta para que haja jogadores suficientes para construir um ataque e um bom número de atletas para ter uma defesa sólida.

Ao longo dos anos do mais que centenário esporte bretão, o futebol continua em constante evolução, e isso se reflete nos sistemas táticos, como ocorreu com a seleção holandesa na Copa do Mundo de 1974. Na ocasião, com uma geração que tinha como expoentes os craques Cruyff e Neeskens, além de grandes jogadores como Johnny Rep, Rob Resenbrink e Ruud Krol, os holandeses comandados por Rinus Michel trouxeram àquela uma novidade. Muita marcação-pressão para abafar o adversário e roubar a bola, e de posse dela, muito toque de bola. Movimentação constante de todos os jogadores pelo campo, com atacantes e defensores se revezando em um esquema com atletas de alto nível técnico. Assim, os adversários de 1974 foram caindo um a um inclusive o Brasil, que era o atual tricampeão mundial.

Contudo a linha base gira em torno dos tradicionais 4-4-2, 3-5-2 e 4-3-3, com suas devidas variações. A verdade é que os estudiosos envolvidos no mundo do futebol conseguiram achar a tal formula para haver uma boa distribuição tática dos atletas dentro do campo de jogo, dando maior compactação entre os setores defensivo e ofensivo, fazendo com que no futebol atual as equipes joguem de forma organizada no campo de jogo.

O Técnico Gerson Gusmão acertando o posicionamento dos jogadores em campo. (Foto: Fabio Matavelli/DC)

Evolução no esquem atático

Sistema defensivo

Este espaço se caracteriza por uma marcação mais forte e por uma constante cobertura. Quando não estão com a posse de bola, os jogadores tem a função de interceptar, antecipar e tomar a bola dos adversários. Quando adquirirem a posse de bola, devem tentar começar o ataque rapidamente, se isso não é possível, seguram a bola com segurança até conseguir iniciar a construção de uma jogada ofensiva.

Sistema de criação

Esta zona está situada no meio-campo, e é a área responsável pela criação de jogadas, é o setor mais criativo do time, onde a construção de jogadas é feita através de combinações coletivas. Neste setor é onde o jogo pode ser controlado mantendo a posse de bola as chances de obter sucesso durante a partida, são grandes. No ponto de vista defensivo, é onde se deve fazer uma marcação forte e principalmente ocupar os espaços do campo, procurando dificultar as ações ofensivas da equipe adversária.

Sistema ofensivo

Nessa zona do campo é onde se deve usar a rapidez, a surpresa, a improvisação com deslocamentos rápidos, dribles, tabelas, entre outros. É a parte do campo que está sempre procurando o gol. Porém para que o sistema funcione de maneira perfeita, quando a posse de bola é perdida, é importante que os jogadores ofensivos façam a ocupação de espaços para que a saída de bola dos adversários seja dificultado.

Títulos do técnico Gerson Gusmão no Operário Ferroviário

Campeão da Taça FPF Sub-23 (2016)

Campeão Brasileiro da Série D (2017)

Campeão da Segunda Divisão do Paranaense (2018)

Campeão Brasileiro da Série C (2018)

 

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