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Comércio de PG registra maior faturamento dos últimos anos

Com uma alta de 4,2%, a soma das riquezas produzidas pelo comércio de Ponta Grossa no ano passado teve um desempenho maior do que o do volume de vendas registradas na região. A projeção é da Secretaria Municipal da Fazenda, que, com base em dados preliminares, estima que o valor adicionado (VA) do setor alcançou a marca de R$ 2,1 bilhões.

Em relação ao volume de vendas, calculado por região pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), em Ponta Grossa e arredores o crescimento foi de 3,37% no ano de 2019, comparado aos doze meses anteriores. Por segmento, o destaque foi para as lojas de departamentos (26,35%), farmácias (10,80%), autopeças (8,41%), concessionárias de veículos (5,10%) e supermercados (3,22%). Enquanto que as vendas de calçados e móveis, decorações e utilidades domésticas seguiram estáveis, registraram retração o comércio de combustíveis (-3,01%), materiais de construção (-4,12%), vestuário e tecidos (-7,61%), óticas, cine-foto-som (-9,23%) e livrarias e papelarias (-10,42%).

"Trata-se de um segmento importante para a economia de Ponta Grossa, garantindo a geração crescente de emprego e renda. Em comparação com Municípios como Londrina e Maringá, acaba ficando um pouco aquém na geração de VA, por conta da proximidade com Curitiba", ressalta o secretário da fazenda, Cláudio Grokoviski.

Crescimento real

Essa variação estimada em 4,2%, se concretizada, fica um pouco abaixo da inflação registrada no período – que foi de 4,31%. Nos últimos cinco anos, apenas em 2018 a variação do valor adicionado do setor na cidade foi maior do que a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – ou seja, desde 2015 o único ano que registrou aumento real no faturamento do comércio em Ponta Grossa foi 2018.

Enquanto que em 2015 o VA subiu 5,2%, no mesmo ano o IPCA foi de 10,67%; em 2016 o montante ficou praticamente estável, com apenas 0,43% de crescimento, enquanto que a inflação ficou em 6,29%. No ano seguinte o volume total variou 2,6% com um índice de alta de preços de 2,95% para, finalmente, em 2018 o valor adicionado do comércio crescer 8,5% frente a uma inflação de 3,75%.

 

Cenário tende a melhorar ainda mais

A confiança do empresário do comércio medida em fevereiro de 2020 atingiu o melhor nível em sete anos. De acordo com pesquisa que mede o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o indicador apresentou a sexta alta consecutiva neste mês, chegando a 128,3 pontos – alta de 1,7% em relação a janeiro (com ajuste sazonal) e de 2,7% no comparativo com fevereiro de 2019.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a recuperação gradual da economia, com inflação controlada em níveis baixos, melhora nos indicadores de emprego e mercado de crédito mais favorável ajudam a entender os dados do Icec deste mês. “A percepção otimista dos empresários do comércio quanto ao nível atual de atividade econômica pode ser explicada por resultados recentes dos indicadores de atividade, como o crescimento do PIB em 2019”, afirma Tadros, ressaltando que o maior potencial de consumo das famílias também precisa ser considerado dentro do atual quadro econômico do País.

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