Não é só Interlagos – que recebe neste fim de semana o GP Brasil de Fórmula 1 – que será o point de quem curte carros em São Paulo por esses dias. Começa hoje a primeira edição do Salão Internacional de Veículos Antigos.
Até domingo, 16 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Anhembi estarão tomados por 240 veículos, a grande maioria de coleções particulares, e por outras atrações do segmento, para a alegria dos 30 mil visitantes esperados.
Estou muito otimista com o sucesso do evento. E espero que no ano que vem seja maior ainda, comenta o economista paulistano Júlio Penteado, de 58 anos, que coleciona automóveis desde os 20. No salão, exibe orgulhoso seu De Tomaso Longchamp 1975, um dos sete veículos antigos de sua propriedade. É um carro híbrido: italiano com mecânica americana. Único exemplar no País, conta.
Na programação do salão, há venda de peças e acessórios para colecionadores, premiação dos melhores veículos – os 16 mais bem avaliados por especialistas em um desfile serão condecorados com troféus – e até o antes e depois da restauração de um carro antigo – o Kharmann Ghia 1970 do cantor e compositor Paulinho da Viola.
Também está marcado para sábado um leilão de 70 carros antigos. Por ser um negócio de grande interesse e que reúne raridades importantes para a história do setor, estamos adotando critérios rigorosos para garantir um leilão de excelente nível. Queremos garantir a satisfação tanto dos vendedores quanto daqueles que querem adquirir um automóvel antigo, explica Hércules Ricco, diretor do evento.
O salão mostrará a evolução do automóvel por meio de uma linha do tempo, relacionando os modelos antigos a músicas e figurinos de sua época.
É uma lacuna de nossa história. Imagine só que o Brasil não tem um museu que conte a história da nossa indústria automobilística, lamenta o colecionador Penteado. Se alguém quer conhecer um Simca, um Aero Willys, tem de recorrer a acervos particulares.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
fonte: Agência Estado