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Com os pilares de gestão consolidados, Estado quer efetivar ações 

Ratinho Junior (PSD), acaba de completar seis meses à frente do governo do Paraná. O governador iniciou sua gestão apostando em medidas de austeridade e que prometem gerar economia aos cofres públicos. Entre elas estão a revisão dos contratos e convênios assinados na gestão anterior; redução no número de secretarias estaduais de 28 para 15; congelamento do salário do governador e do primeiro escalão. Implantou ainda sistema de compliance na estrutura administrativa – para que todos os setores passem a seguir normas rígidas de gestão.

"O foco principal nestes seis meses foi a gestão. O governo se preocupou em aprofundar a reforma administrativa, implantando um novo modelo administrativo. O objetivo foi modernizar a estrutura do Estado, para preparar o Paraná para os próximos anos", explica o chefe da Casa Civil, Guto Silva.

O  governo tem investido também na atração de investimentos e medidas que promovam a geração de emprego. Outro foco é a infraestrutura, com objetivo de transformar o Paraná no principal hub logístico da América do Sul.

Em meio a tudo isso, no entanto, o governo Ratinho Junior encara a primeira mobilização de servidores do seu mandato, em reivindicação ao reajuste da data-base.

Confirma alguns dos destaques do governo Ratinho Junior em seus primeiros seis meses de mandato:

Reforma administrativa

A primeira etapa da reforma administrativa proposta pelo governador reduz o número de secretarias de 28 para 15 e reorganiza o organograma do Estado. A reestruturação da máquina pública prevê economia anual de R$ 10,6 milhões aos cofres estaduais a partir da redução de pastas e extinção de 339 cargos comissionados e funções gratificadas. A reforma deve ter mais duas etapas: junção de autarquias e redução da estrutura física. No total, o Estado estima economizar R$ 260 milhões com a reforma completa. “Nosso foco é economizar recursos públicos, mas também reestruturar a máquina para torná-la mais eficiente na entrega de serviços à população”, afirma o governador.

Atração de investimentos 

Com uma meta de atrair ao Paraná R$ 40 bilhões até 2022, o governo aposta que o valor pode superar este montante. Isso porque em cinco meses o Paraná prospectou R$ 12,5 bilhões de investimentos privados e deve atingir R$ 20 bilhões até o final do ano. Segundo dados do governo, de janeiro a maio foram abertas 105.130 empresas, com saldo positivo de 8,4 mil novos negócios em relação ao mesmo período de 2018.

E, dos R$ 12,5 bilhões atraídos, quase R$ 10 bilhões estão sendo investidos na região dos Campos Gerais. Trata-se da construção de uma nova unidade da Klabin em Ortigueira, na casa de R$ 9,1 bilhões; e dos investimentos feitos pelo Grupo Madero, em torno de R$ 600 milhões, em Ponta Grossa. "A região dos Campos Gerais tornou-se um polo de extrema competitividade. Está bem posicionado logisticamente,  com infraestrutura que vem se aperfeiçoando nos últimos anos. A região em se consolidando no processo de desenvolvimento do Paraná", completa o chefe da Casa Civil.

Para viabilizar mais investimentos, o Estado está atuando ainda na instrumentalização das parcerias público-privadas (PPPs). "Vamos iniciar o programa voltado à administração dos parques e também aeroportos. Este deve ser um grande pilar do governo. Entendemos que as PPPs podem contribuir para resolver vários gargalos que o setor público ainda tem", destaca Guto Silva.

"O objetivo neste semestre foi modernizar a estrutura do Estado, para preparar o Paraná para os próximos anos", diz Guto Silva, chefe da Casa Civil (Geraldo BubniakANPr)

Infraestrutura 

Durante a posse de Sandro Alex como secretário estadual de Infraestrutura e Logística, em fevereiro, o governador Ratinho Junior afirmou que o planejamento da infraestrutura do Paraná para os próximos 30 anos é um dos principais projetos do governo.

Além da melhoria das rodovias, modal por onde é escoada a maior parte da produção estadual, Ratinho Junior também quer um plano para ferrovias, portos e aeroportos regionais. Para isso, o governo está criando um banco de projetos executivos em áreas prioritárias do Paraná. O objetivo, conforme aponta Ratinho Junior, "é transformar o Paraná no grande hub logístico da América Latina". O plano inclui um grande projeto: a construção de um corredor ferroviário bioceânico, entre os portos de Paranaguá e Antofagasta, no Chile. Para isso, o Estado espera parcerias internacionais: em abril, Ratinho Junior e Sandro Alex estiveram em Xangai, na China, onde iniciaram conversas com empresários chineses para viabilizar projetos estaduais.

"O governo está muito focado na infraestrutura. Em agosto será lançado o banco de projetos estruturantes. O objetivo é que o Estado tenha um estoque de projetos, porque sem isso não adianta buscar recurso", frisa Guto Silva.

Além dos recursos que o governo deve investir para melhorar a infraestrutura, o estado deve sair de 2,6 mil quilômetros de rodovias concessionadas  para 4,1 mil quilômetros dentro do novo pacote de concessões que o governo federal deve lançar até 2021. O objetivo é criar corredores de transportes e de escoamento de produção que contribuam para ampliar a competitividade do Paraná.

Reajuste dos servidores 

Apesar dos bons números que o Estado vem alcançando, desde o  final de junho  o governo Ratinho Junior vem passando pela sua primeira crise: parte do funcionalismo deflagrou greve em reivindicação pela data-base: os salários dos servidores públicos estaduais estão congelados desde 2017.

Embora tenha afirmado que seu desejo é dar o reajuste aos servidores, Ratinho Junior apontou, por diversas vezes, que o governo não tem dinheiro. Ele destacou ainda que diversos Estados estão crise. Mesmo assim, nessa semana, o governador anunciou que o Estado deve conceder 5,09% de reajuste aos servidores – de forma parcelada até 2022. O governador também anunciou a contratação, via concurso público, de quase seis mil novos servidores, com impacto direto de R$ 200 milhões ao ano. No entanto, sindicatos de diversas categorias afirmam que a proposta não atende às necessidades do funcionalismo e diversas categorias continuam mobilizadas.

"O governo é guardião do orçamento e, por isso, é preciso equilíbrio e parcimônia, pensando a questão dos servidores; a necessidade de investimentos para a sociedade; tendo ainda a atenção com a máquina pública, de forma que as ações não resultem em aumento dos impostos. Por isso, estamos dialogando, abrindo os números e construindo uma agenda", expõe Guto Silva.

Próximo semestre
Com os pilares de gestão bem consolidados, o desafio agora, de acordo com Guto Silva, é efetivar os projetos de infraestrutura e ampliação de programas. "Queremos dar velocidade às ações estruturantes, deixando um legado para o país", finaliza Guto Silva.

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