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Com novas filiações, partidos se organizam para eleições

Faltando pouco menos de um ano para as eleições de 2022, algumas definições já ajudam a traçar como será o cenário eleitoral no próximo ano. Pesquisas eleitorais vêm mostrando o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, como os principais concorrentes à presidência no próximo ano. O fato é que com Lula de volta à disputa eleitoral, vários partidos têm tentado buscar um nome para ser uma alternativa à polarização entre o petista e Bolsonaro.

Neste sentido, o Podemos, partido no qual estão filiados os três senadores paranaenses – Alvaro Dias, Oriovisto Guimarães e Flavio Arns – oficializou, na quarta-feira (10), a filiação do ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Sergio Moro, que tem sido apresentado como uma terceira via, com uma possível pré-candidatura à presidência. No entanto, também se debate a possibilidade de que ele dispute uma vaga no Senado Federal.

Em seu discurso de filiação, Moro defendeu a Lava Jato e falou como candidato. Ele destacou que aceitou o convite de Bolsonaro e ingressou no governo com objetivo de realizar trabalho técnico, reduzindo a corrupção e outros crimes. Ele destacou que o desejo era continuar atuando como ministro, mas que não foi possível, porque precisava apoio do governo, o que foi negado. “Quando vi meu trabalho boicotado e quando foi quebrada a promessa de que o governo combateria a corrupção, sem proteger quem quer que seja, continuar como ministro seria apenas uma farsa”, destacou.

Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro, depois de “namorar com alguns partidos”, forma como ele mesmo se referiu a conversas com o Progressistas, o Partido Liberal, Patriota, entre outras legendas, em discurso durante sua passagem por Ponta Grossa deve mesmo oficializar sua filiação ao Partido Liberal (PL). A sigla divulgou que o evento de filiação acontecerá no dia 22. A filiação acontece depois de Bolsonaro ter se filiado ao PSL para disputar a eleição presidencial, levando para o partido muitos filiados e ajudando com que se tornasse a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados. Na Assembleia Legislativa do Paraná, por exemplo, a sigla elegeu oito deputados nas últimas eleições. No entanto, ainda em 2019, Bolsonaro se desfiliou da legenda e até tentou criar seu próprio partido, o Aliança pelo Brasil, que acabou não sendo viabilizado. Aí então se iniciou a conversa e negociações com outros partidos.

O PT, por sua vez, vem tentando retomar sua representatividade, abalada especialmente com impeachment da ex-presidente Dilma, prisão do ex-presidente Lula, entre outros escândalos, que fazem com que o partido venha perdendo a cada eleição, o número de representantes eleitos. No ano passado, por exemplo, o PT não elegeu prefeito em nenhuma das capitais do Brasil. O partido conta, no entanto, com a força do seu principal representante, o ex-presidente Lula, para tentar reverter o cenário no próximo ano.

Cenário

O que é certo é que daqui para frente as legendas terão um grande trabalho para atrair apoiadores, sejam candidatos, filiados e eleitores que validem seus projetos. Em âmbito municipal, os três partidos – PL, PT e Podemos – devem ter um grande trabalho pela frente, já que nenhum dos três elegeram representantes nas eleições municipais de 2020.

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referentes a outubro deste ano, mostram que o número de filiados ao Podemos em Ponta Grossa soma 550 pessoas; o PL conta com 638 filiados e o PT com 2.097.

A tendência é que, com a filiação de Bolsonaro ao PL, haja uma migração, tanto de apoiadores quanto de possíveis candidatos que irão para a legenda acompanhando a decisão do presidente, como também de pessoas que estão no PL mas que, por não concordarem com posicionamento do presidente devem deixar o partido. O mesmo pode acontecer com a filiação de Moro no Podemos.

No início de 2018, por exemplo, ano em que Bolsonaro foi eleito presidente pelo PSL, a sigla tinha quase 223 mil filiados em todo o Brasil; no final daquele ano, eram mais de 241 mil filiados, passando para mais de 464 mil em novembro de 2020, quando aconteceram eleições municipais. Em outubro deste ano, no entanto, conforme o TSE, o partido caiu para 74,8 mil filiados em todo o país.

Possíveis candidatos

Além de Lula, Bolsonaro e Moro, nomes que vêm sendo cogitados como possíveis candidatos às eleições presidenciais de 2022 estão Ciro Gomes, João Doria, Rodrigo Pacheco, Eduardo Leite, Felipe D’Ávila, Luiz Henrique Mandetta.

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