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Colesterol aumenta os riscos de morte por doença vascular cerebral

A mortalidade por doença vascular cardíaca/cerebral é uma das principais causas de morte no país e o colesterol elevado possui evidências para ser considerado o principal fator de risco para o desenvolvimento destas doenças.

De acordo com o neurologista e professor adjunto do departamento de Neurologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Carlos Henrique Ferreira Camargo, o aumento de gordura no sangue é o maior fator de risco para a aterosclerose (doença inflamatória crônica causada pela formação de placas de gordura na parede das artérias).

“A obstrução das artérias carótidas; vertebrais ou cerebrais causam o Acidente Vascular Cerebral (AVC) assim como quando acontece a obstrução das artérias coronarianas causando infarto agudo do miocárdio. Existem casos também em que as artérias dos braços e das pernas podem ser obstruídas provocando necrose e até mesmo a amputação do membro”, explica o especialista.

Segundo o neurologista, existe um grupo de doenças conhecidas pelo nome de dislipidemias que se caracterizam pelo aumento dos valores de colesterol e/ou triglicerídeos no sangue. “A medida que a população mundial aumenta, e a medida que as pessoas se alimentam cada vez mais de forma mais errada, há uma tendência no aumento do número de pacientes com obesidade, pressão alta, diabetes e as dislipidemias”, revela.

O neurologista Carlos Henrique revela que alimentos que contém Ômega 3 e 6, além dos poliinsaturados e monoinsaturados, ajudam a reduzir o colesterol. “Os monoinsaturados estão presentes no azeite de oliva, canola, açaí, abacate e frutas oleaginosas; os alimentos poliinsaturados estão nos peixes, óleos vegetais e nas frutas oleaginosas. Eles diminuem a concentração de colesterol na LDL, possuem efeito antiinflamatório sobre as células vasculares, inibindo a expressão de proteínas endoteliais pró-inflamatórias”, explica.

Tratamento

A paciente Dirce Tozetto, 71 anos, está internada no Hospital Universitário dos Campos Gerais para se recuperar de uma insuficiência cardíaca. Ela está sendo acompanhada pelos residentes em neurologia Moisés Antônio de Oliveira e Jivago Sabatini sob a coordenação do neurologista e professor Carlos Henrique.

Segundo os residentes, Dirce precisou ser internada depois de passar por um cateterismo. Ela teve uma insuficiência cardíaca por conta da formação de placas de gordura na parede das artérias. De acordo com Carlos Henrique, o colesterol da paciente já diminuiu por conta do uso de alguns medicamentos.

“Desde que descobri que tinha o colesterol alto reduzi o consumo de carne vermelha e passei a comer mais peixes e carne de frango, além de fazer acompanhamento regular com o médico”, comentou Dirce.

 


Paciente Dirce, 71 anos, está internada para se recuperar de uma insuficiência cardíaca. Foto: Peterson Strack

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