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Classe B é a menos afetada pela crise econômica em Ponta Grossa

O potencial de consumo de Ponta Grossa ultrapassa a cifra de R$ 8,918 bilhões em 2020, de acordo com o instituto de pesquisa IPC Marketing Editora. Nominalmente apenas 2,2% maior do que o valor de 2019 – variação menor do que a alta dos preços, já que a inflação fechou o ano passado em 4,31%, o valor, estratificado por classes econômicas da população, aponta algumas questões importantes sobre a transição do poder aquisitivo da cidade.

A única classe que aumentou o seu poder de compra de um ano ao outro é a B, que neste ano passa a ser também o grupo que mais deve gastar na cidade, seguido da classe C. Em 2019 a liderança era invertida, com a classe C despontando com 41,4% e a B em segundo lugar com 36,5%.

A classe B representa 42,9% do potencial de consumo urbano de Ponta Grossa, 6,4% a mais do que no ano passado, mesmo tendo apenas 24% dos domicílios da cidade, 0,4% a menos do que em 2019.

Apesar de abranger mais de a metade das famílias da cidade (54,8%) e ser a única que registrou aumento nesse total de domicílios (+1,2%), a classe C figura em segundo lugar no potencial de consumo de Ponta Grossa, com 35,9% do total, porcentagem 5,5% menor que a de 2019.

A classe A, que possui a menor quantidade de domicílios registrados (2,2%, 0,6% a menos que no ano passado), é a terceira em valor de potencial, responsável por 14,4% do total, variação 0,4% menor do que a do período anterior.

Já a classe D/E, que teve a menor movimentação de domicílios urbanos de um ano a outro, apenas -0,2%, abrange 19% das famílias ponta-grossenses, que devem gastar apenas 6,8% do potencial previsto para 2020, 0,5% a menos do que o estimado em 2019.

Análise

Para o diretor do instituto de pesquisa e responsável pelo estudo, Marcos Pazzini, os números demonstram que a classe B é a que menos deve sofrer com a crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus. “A migração de domicílios beneficiou a classe B: quem não tinha mais poder de compra pra integrar a classe A elevou o poder de compra da classe B”, avalia Pazzini.

Se juntar A e B e fizer a mesma coisa com C e D/E, percebemos uma queda mais acentuada entre os que têm menor renda, mostrando que 2020 está prejudicando muito mais o mais pobre”, ressalta o técnico. Enquanto que as classes A/B somam R$ 5,048 bilhões de potencial de consumo neste ano, valor 14,5% maior que o de 2019, as classes C/D/E registram queda de quase 10,4%, totalizando pouco mais de R$ 3,752 bilhões.

Domicílios rurais

Os domicílios rurais diminuíram sua participação de um ano a outro, passando de R$ 123,195 milhões em 2019 para R$ 117,208 milhões em 2020 (-4,86%). A queda se dá mesmo com um aumento na quantidade de domicílios, estimada em 2.331 neste ano, 13,7% superior que a anterior. Com a queda no poder aquisitivo da população rural, o seu consumo per capita ao ano passa a ser de R$ 16.775,17, R$ 910,10 a menos. A título de comparação, o consumo per capita ao ano urbano de Ponta Grossa está estimado em R$ 25.263,45, incremento de R$ 448,44.

 

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