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Cesta básica de PG tem alta de 6,32% em maio

A cesta básica do ponta-grossense sofreu o impacto do movimento dos caminhoneiros que paralisou o país no final de maio. A pesquisa realizada nesta primeira semana de junho, pelo Núcleo de Políticas Públicas Rouger Miguel Vargas (NPP-RMV) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), registrou um aumento de 6,32% nos preços dos produtos que compõem a cesta, com destaque para os hortifrutigranjeiros, que apresentaram alta média de 38,82%.

A compra dos 33 produtos pesquisados passou de R$ 463,59, valor anotado em abril, para R$ 492,89, em maio. A despesa na aquisição de alimentos e produtos de limpeza e higiene cresceu R$ 29,30. O Índice Cesta Básica (ICB) é aferido pela UEPG mensalmente, com base nos hábitos de consumo de famílias com até três membros e renda de um a cinco salários mínimos. Os preços são pesquisados nos maiores supermercados da cidade na primeira semanada de cada mês e comparados com os valores do mesmo período do mês anterior.

Segundo o economista Alexandre Lages, responsável pela pesquisa, os preços coletados logo na primeira semana, após o encerramento da greve dos caminhoneiros, retrataram exatamente o quadro de aumentos generalizados em vários segmentos, devido principalmente à escassez de alguns produtos. “Itens como a batata, cebola, tomate e leite tiveram aumentos fora do padrão verificado em meses anteriores”, comenta.

De acordo com o ICB de maio, dos 33 produtos pesquisados 28 apresentaram alta de preços; enquanto apenas oito registraram queda. A grande vilã foi a batata com elevação de 113,62%. “Entre os hortifrutigranjeiros todos os produtos tiveram aumento de preços, o que também é incomum”, diz o economista da UEPG, observando que normalmente quando há o aumento significativo de um produto, outro item acaba compensando com uma queda também significativa. O produto de menor alta do grupo foi o alho, com média de 7,13%.

No grupo alimentação geral os preços cresceram 5,06%, com destaque para o leite cuja alta foi de 19,36%. Já o sal de cozinha teve retração de 13,77%. No açougue, os valores subiram 3,72%, com aumento de 33,17% da carne de frango. Em relação à carne bovina, Alexandre Lages aponta uma curiosidade. “Mesmo com as dificuldades no transporte de animais desde as propriedades até os frigoríficos e depois aos distribuidores e aos supermercados, a carne de gado teve uma variação negativa de preços, em média 5,88%. Ele não soube precisar o motivo da queda.

Altas atingiram setor de higiene

Os aumentos também atingiram o setor de produtos de higiene, 0,89%, destacando-se o sabonete cujos preços foram remarcados para cima, 5,20%; e o shampoo, que teve queda de 1,55%. Os itens de limpeza fugiram à tendência de alta e registraram baixa imperceptível para os consumidores, de apenas 0,06%. O detergente teve a maior variação positiva no grupo, 9,49%; e a espoja, a maior variação negativa, 12,44%.

No comparativo com o salário mínimo nacional (R$ 954), os técnicos da UEPG verificaram que, para consumir os 33 produtos da cesta básica, uma família com renda de um mínimo gastaria 51,67% do seu orçamento. Restariam 48,33% para todas as demais despesas da casa. No caso de famílias com renda de dois, três, quatro e até cinco salários mínimos, o consumo da cesta básica representa 25,83%; 17,22%; 12,92%; e 10,33% dos respectivos orçamentos domésticos.

Variações

Grupo que mais aumentou: Hortifrutigranjeiro  38,82%

Produto de maior elevação: Batata 113,62%

Grupo de maior queda: Limpeza – 0,06%

Produto de maior queda: Sal – 13,77 %

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