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Cesta básica custa 51,12% do salário mínimo em Ponta Grossa

O Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) divulgou nos últimos dias o seu novo boletim sobre a inflação da cesta básica na cidade. Assinado pelo prof. Alexandre Roberto Lages, o estudo compara o índice da cesta própria para famílias com renda até cinco salários mínimos, avaliando a cotação na primeira semana de abril e na primeira de maio. A diferença constatada é de 1,46%, totalizando o pacote em R$ 510,20.

Esse valor representa 51,12% da renda de uma família que recebe apenas um salário mínimo e, respectivamente, 25,56%, 17,04%, 12,78% e 10,22% de rendas que equivalem a dois, três, quatro e cinco salários mínimos.

Dos trinta e três produtos considerados, dezessete tiveram alta no preço e dezesseis queda. Segundo a assessoria de imprensa da UEPG, a equipe de pesquisadores também observou que “preços promocionais nem sempre demonstram a realidade, pois alguns produtos foram encontrados mais baratos do que em estabelecimentos onde os mesmos se apresentavam em promoção”. 

O item que mais aumentou foi a esponja, com 25,95%, e o de maior queda foi o feijão, com 14,67%. Considerando os produtos por grupos, o que apresentou maior alta de valor foi o grupo carne, com 4,03%. De acordo com o relatório de custo médio, divulgado pela assessoria de imprensa da instituição, a pesquisa caracteriza o consumo básico de alimentação, higiene e limpeza de famílias com média de três membros, renda de 1 a 5 salários mínimos e residentes em Ponta Grossa.

“O Índice Cesta Básica (ICB) não deve ser confundido como aferidor de inflação”, destaca o relatório. A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou 2018 em 3,75% segundo dados do Instituto Brasileiro d e Geografia e Estatística (IBGE). O principal responsável pelo índice do ano passado foi o aumento do custo com alimentos, que tiveram alta de preços de 4,04%.

Variação por produtos

  – Grupo Alimentação Geral: teve um aumento de 0,53%. Dentro deste, o leite foi o produto responsável pela maior variação positiva, com 9,43%, e o feijão representou o item de maior variação negativa, com queda de 14,67%.

– Grupo Hortifrutigranjeiros: com uma queda de 2,10%, o produto que puxou a baixa foi o tomate, com variação de -12,86%. A maior variação positiva foi registrada na cebola (6,66%).

– Grupo Carne: teve um aumento de 4,03%, e nele o frango apresentou o maior crescimento, de 5,20%, enquanto a carne bovina veio a apresentar a menor diferença, de 3,50%.

– Grupo Higiene: alta de 3,73%. O creme dental teve a maior variação positiva, com 6,81%, enquanto o sabonete se destacou com a queda de 3,13%.

– Grupo Limpeza: apresentou um aumento de 2,36%, e dentro deste o produto de maior variação positiva foi a esponja (25,95%) e o de maior variação negativa foi o detergente (1,77%).

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