| Rodrigo Covolan |
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| Após culto ecumênico, na manhã de ontem, caminhoneiros foram orientados a voltar para as casas |
O segundo dia da greve nacional dos caminhoneiros deve ser marcado por piquetes. A categoria estuda pontos nas estradas e rodovias para a parada dos caminhões. A informação é do representante do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) em Ponta Grossa, Neori Leobet. Ele representa, também, a Federação Paranaense dos Caminhoneiros Autônomos.
De acordo com ele, os motoristas estão sendo orientados a permanecer em suas casas. Estamos conversando e conscientizando os caminhoneiros sobre a importância deles ficarem em casa. A partir de hoje, pediremos que cada cidade comece a organizar piquetes, diz.
A expectativa é que a partir de hoje se formem mais de 120 piquetes no Paraná. Até ontem, os caminhoneiros em viagem estavam sendo orientados a parar em um dos 20 pontos que se formaram no estado.
Segundo Neori, a Parada Nacional de Caminhoneiros e Transportadores de Cargas Autônomos como forma de pressionar o governo federal a construir estruturas onde os profissionais possam parar para descansar, conforme prevê a lei que regulariza a profissão de motorista. Agora, eles são obrigados a descansar por 30 minutos a cada quatro horas de trabalho e não podem extrapolar oito horas de trabalho diárias. Caso trabalhem por mais de 44 horas semanais terão que receber hora extra do empregador.
Neori explica que a categoria não é contrária a lei, mas exige a construção dos pontos de parada. Sem esses pontos os caminhoneiros não têm onde estacionar os caminhões quando der às quatro horas trabalhadas. Se parar na rodovia serão multados, fala.
Os caminhoneiros também protestam contra a excessiva carga tributária na carta-frete.
Movimento
A Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) informou ontem que o movimento nas estradas e rodovias pedagiadas no Paraná caiu em torno de 28%, entre a meia-noite e o meio-dia de ontem. O fluxo foi comparado com o da quarta-feira da semana passada.