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Câmara cobra explicação para falta d’água em PG

Entre os assuntos debatidos na sessão desta segunda-feira (10), na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, esteve a falta de água que atingiu 70% da cidade ontem. ASanepar informou que uma adutora de água da captação Pitangui rompeu no domingo à noite e foi substituída na madrugada de segunda-feira. Por conta disso, houve paralisação no abastecimento que, aos poucos, de acordo com a Companhia, foi sendo normalizado.

O presidente da Casa, Daniel Milla (PV), e o vereador Pietro Arnaud (Rede) lembraram que a Sanepar já foi alvo de CPI na Câmara, há poucos anos, mas, com a extinção da Agência Reguladora de Águas (Aras) e a renovação do contrato entre a Prefeitura e a empresa as investigações da Câmara foram paralisadas. Segundo Milla, não é a primeira vez que a cidade sofre de forma generalizada com falta d'água por rompimento de uma adutora da Sanepar. "É inadmissível. Não podemos permitir que a população ponta-grossense passe novamente por uma situação como essa. Qual é o real motivo de isso ocorrer?", questionou na tribuna da Casa. O presidente disse que vai encaminhar requerimento à Sanepar com dez itens solicitando informações.

Entre os itens do documento, estão, de acordo com o parlamentar, quantos pontos de ligação residencial e industrial a Sanepar mantém em Ponta Grossa; qual a média de ligações nos últimos três anos; se há estudos que preveem o crescimento das ligações até 2020; e o cronograma para novas instalações de estações de tratamento de água e de esgoto."Após algumas reuniões, nossa preocupação é que a falta de água seja resultado não somente do rompimento da adutora, mas porque a Sanepar está utilizando o sistema à máxima potência", declarou. Para Pietro, é necessário convidar representantes da Sanepar para prestar esclarecimentos.

Sobre a CPI da Sanepar, Milla disse que ela foi criada na legislatura passada e tinha como objetivo investigar a minuta da elaboração de um novo contrato entre a Prefeitura e a Companhia. "Com a retirada da minuta pelo Executivo, a CPI se extinguiu e perdeu a validade", disse. 

Fiscalização

Pietro disse que, com o fim da Aras, compete ao Procon fiscalizar os serviços da Sanepar. O Procon, via assessoria de imprensa, informou que, neste ano, já recebeu 153 reclamações contra a Companhia. É quase o total de queixas registradas em todo o ano passado, que foi de 165. Segundo o Procon, todas são apuradas e, eventualmente, são abertos processos administrativos.

A reportagem pediu retornou da Sanepar em relação às preocupações dos vereadores, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

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