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Câmara aprova dia de gratuidade no transporte coletivo

Com 17 votos favoráveis, dois contrários – dos vereadores Felipe Passos (PSDB) e Rogério Quadros (MDB) e duas abstenções, dos vereadores George de Oliveira (PMN) e Sargento Guiarone (Pros), o projeto de lei 221/2018, do executivo, e que institui o 'Dia do Passe Livre em Ponta Grossa, e inclui um dia ao ano de gratuidade no transporte público coletivo de Ponta Grossa, foi aprovado em primeira discussão na Câmara de Vereadores durante a sessão desta quarta-feira (12).  Pelo projeto, que recebeu emenda modificando a data comemorada, de 5 para 19  de setembro, o benefício será restrito aos usuários do transporte coletivo que portam cartão de bilhetagem eletrônica. 
Depois de pedir a retirada do projeto para vista de um dia na sessão de segunda-feira (10), o vereador Eduardo Kalinoski (PSDB), destacou que sua maior preocupação era em relação ao custeio deste benefício. "Mas o poder executivo me garantiu que a prefeitura não terá problema em custear as despesas", aponta. Segundo estimativa da prefeitura, devem ser investidos R$ 250 mil para arcar com o benefício, através de recursos livres. 
O projeto, mais especificamente o momento em que foi apresentado foi alvo de críticas de diversos parlamentares, inclusive de alguns que votaram favoráveis à proposta. "É um momento bastante inoportuno para apresentação deste projeto, já estamos bem próximos às eleições. Por que apresentar agora para contemplar os usuários já em seguida, às vésperas das eleições?", questiona George. "Quero conversar com as pessoas e saber o que pensam sobre isso. Por isso vou me abster da votação", diz. 
"Ao meu ver, é uma concorrência desleal com outros candidatos. O projeto é muito bom, mas lamento que a gente tenha que esperar a cada dois anos, durante o período eleitoral, para ter projetos importantes para a nossa cidade. Não vou votar contra, mas é claro que o governo municipal tem total interesse em relação aos seus candidatos", completa o vereador Ricardo Zampieri (PSL). O principal motivo de tanta discussão é que o irmão do prefeito Marcelo Rangel (PSDB), o deputado federal Sandro Alex (PSD), concorre à reeleição. "É um projeto que causa constrangimento aos vereadores, porque não queremos ser contra à população, mas é completamente eleitoreiro", frisa Dr. Magno (PDT). 
O vereador Daniel Milla (PV), por sua vez, defendeu a medida do executivo. "Ninguém que está na Câmara de Vereadores, Assembleia ou Câmara Federal, vai fazer uma ação sem pensar em questão eleitoral, porque é do voto que cada um depende", apontou. Ele exemplificou que quando um vereador usa a tribuna para fazer sobre as condições de ruas, por exemplo, está defendendo a comunidade que representa e o prefeito, da mesma forma, ao apresentar o projeto, está defendendo os interesses da população. 
Mesmo diante de tanta polêmica, o projeto foi aprovado e volta à discussão na sessão de segunda-feira (17). Conforme a prefeitura, o projeto foi apresentado nesta ocasião por fazer parte da programação  comemorativa ao aniversário de 195 anos da cidade, no sábado (15). 
Segundo a Viação Campos Gerais, concessionária do transporte coletivo em Ponta Grossa, em torno de 85 mil passageiros equivalentes (a cada dois estudantes, é contabilizada uma passagem integral) utilizam o transporte coletivo em dia útil. Deste total, utilizam bilhetagem eletrônica.
 

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