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Buzinaço pede a retomada do comércio em PG

Dezenas de empresários e apoiadores da causa, realizaram nesta sexta-feira (27), em Ponta Grossa, carreata e buzinaço, como chamaram, pela campanha #voltacomercio. O objetivo, explica o empresário e um dos organizadores da manifestação, Tito Fonseca,  foi protestar contra o decreto municipal que instituiu o período de quarentena em Ponta Grossa e determinou o fechamento de diversos estabelecimentos comerciais. “O presidente [Jair] Bolsonaro já se manifestou contra este tipo de política e o chefe do G8 também referendou a fala de Bolsonaro. Mas, em Ponta Grossa, temos um prefeito e um governador que dizem que isso está errado. Se eles quiserem manter a cidade paralisada terão que se responsabilizar pelo prejuízo”, frisa.

O grupo se encontrou às 14 horas, na Visconde de Taunay, próximo ao viaduto do bairro Santa Paula. De lá, desceram pela Visconde de Taunay, parando alguns minutos em frente à Prefeitura, seguindo então a Avenida Vicente Machado, dispersando no Parque Ambiental.

A manifestação aconteceu dias depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se pronunciou, em rede nacional, contra o fechamento do comércio e de escolas, medidas adotadas em diversos estados para combater o avanço do novo coronavírus. Depois disso, grupos de diversas cidades vem se manifestando contra o fechamento do comércio, que também foi determinado em decreto publicado pelo govenador Ratinho Junior (PSD). Mobilização semelhante à de Ponta Grossa também já aconteceu em Maringá. Nesta sexta-feira, Curitiba também teve carreata em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, exigindo que a quarentena seja encerrada e que o comércio volte a funcionar.

Mesmo com o posicionamento de Bolsonaro, o governador Ratinho Junior (PSD), assim como outros governadores, afirmou que a medida de isolamento social será mantida no Paraná, seguindo orientação de especialistas e da Organização Mundial da Saúde (OMS) contra a Covid-19. Na quinta-feira (26), o prefeito Marcelo Rangel (PSDB) anunciou que a Prefeitura deu início a um planejamento estratégico para abertura gradual e seletiva do comércio, a partir do dia 06 de abril, quando encerra o período de suspensão do decreto municipal 17.144. Será analisado o desenvolvimento de um sistema de rodízio por grupos de atividade econômica. “É um prazo muito grande estipulado pelo prefeito. Muitas empresas não vão aguentar até lá”, aponta Keyla Ávila, integrante do grupo que organizou a carreata nesta sexta. Assim como o presidente Bolsonaro, o grupo defende o isolamento social para os idosos e pessoas do grupo de risco.

Em seu programa de rádio, na manhã desta sexta-feira, Rangel criticou a ação, e ressaltou que a medida de isolamento social segue orientações de especialistas e da OMS. “Vão perder gasolina”, apontou Marcelo Rangel sobre a carreata; no Paraná, a estimativa da Secretaria Estadual de Saúde é que o pico de casos da Covid-19 seja no mês de abril. O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, também criticou a mobilização. "O govenador não é radical, não parou indústrias, setor de entrega. Daqui um mês a pessoa que nos criticou na internet pode estar disputando respirador para seu pai", frisou Sandro Alex.

Em nota enviada no início da tarde de ontem ao DC, a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg) informou que não apoiaria ou faria parte de nenhuma manifestação ou ‘buzinaço’ favorável a reabertura do comércio na cidade.

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