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Buzinaço pede a retomada das atividades comerciais em PG; Rangel critica iniciativa

O mesmo grupo que organizou no dia 15 de março uma mobilização em Ponta Grossa em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de crítica ao Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) prepara para esta sexta-feira (27) um buzinaço pelas ruas de Ponta Grossa, na campanha #voltacomercio. O objetivo, explica Rodrigo Tramontim, é pedir a retomada dos serviços comerciais na cidade.

O grupo se encontra às 14 horas, próximo ao viaduto do bairro Santa Paula, em frente à Piscinas Igui, na Visconde de Taunay e deve passar por diversos bairros da cidade, incluindo a Prefeitura, mostrando ao governo municipal a insatisfação pelos decretos que determinaram o fechamento de diversos estabelecimentos comerciais considerados não-essenciais. ´A ideia é atrair grande número de empresários e apoiadores.

A manifestação acontece dias depois que o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou, em rede nacional, contra o fechamento do comércio e de escolas. Depois disso, grupos de diversas cidades vem se manifestando contra o fechamento do comércio, que também foi determinado em decreto publicado pelo govenador Ratinho Junior (PSD). Mobilização semelhante à de Ponta Grossa também já aconteceu em Maringá.

Na quinta-feira (26), o prefeito Marcelo Rangel (PSDB) anunciou que a Prefeitura dá início a um planejamento estratégico para abertura gradual e seletiva do comércio, a partir do dia 06 de abril, quando encerra o período de suspensão do decreto municipal 17.144. Será analisado o desenvolvimento de um sistema de rodízio por grupos de atividade econômica. “É um prazo muito grande estipulado pelo prefeito. Muitas empresas não vão aguentar até lá”, aponta Keyla, uma das organizadoras da mobilização. Assim como  o presidente Bolsonaro, o grupo defende o isolamento social para os idosos e pessoas do grupo de risco.

Em seu programa de rádio, na manhã desta sexta-feira, Rangel criticou a ação, e ressaltou que a medida de isolamento social segue orientações de especialistas e de instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS); no Paraná, a estimativa da Secretaria Estadual de Saúde é que o pico de casos seja no mês de abril. O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, também criticou a ação. "O govenador não é radical, não parou indústrias, setor de entrega. Daqui um mês a pessoa que nos criticou na internet pode estar disputando respirador para seu pai", frisou Sandro Alex.

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