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BRDE dobra crédito para cooperativismo da região

O cooperativismo tem conquistado cada vez mais destaque na economia paranaense; segundo dados do Sistema Ocepar, organização representante do ramo, apenas no primeiro semestre as cooperativas faturaram R$ 41 bilhões em todo o estado, um crescimento de 8% em relação aos seis primeiros meses de 2017 e 2018 – e, junto a este desenvolvimento, vêm sendo intensificados os investimentos nas atividades.

Dados do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) repassados ao jornal Diário dos Campos apontam que, na região dos Campos Gerais, as liberações para cooperativas e cooperados mais do que dobraram em 2019, registrando um aumento de 258,6% nos nove primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período de 2018.

Dos R$ 64,55 milhões totais aprovados para a região, R$ 59,93 milhões (92,8%) foram destinados a cooperativas de produção em operações diretas – valor mais do que três vezes maior (321%) do que o do ano passado, quando eram somados apenas R$ 18,64 milhões nesta modalidade.

Deste montante de 2019, 45% foram liberados dentro da linha Prodecoop, que abrange diversos investimentos agroindustriais (como projetos, tecnologia, obras civis e outros investimentos fixos, despesas de importação e capital de giro, entre outros), e 55% foram destinados a projetos de armazenagem, no âmbito da linha PCA (que financia projetos de ampliação, modernização, reforma e construção de armazéns).

Já para os cooperados da região, foram disponibilizados R$ 4,62 milhões para novos projetos de investimento neste período – valor, porém, que registra uma baixa de R$ 6,32 milhões frente ao montante do ano passado (R$ 6,32 milhões). Nestas operações os contratos são feitos com o produtor/cooperado, “suportados” pela cooperativa com o seu aval e/ou recomendação.

R$ 3,95 milhões foram destinados a operações indiretas de cooperativas de produção e R$ 664 mil a operações indiretas de cooperativas de crédito – casos em que a própria cooperativa faz a análise de crédito. Segundo o BRDE, destacam-se investimentos para a modernização da produção, na linha Inovagro, a aquisição de máquinas agrícolas para pequenos produtores, dentro do programa Trator Solidário, projetos para o tratamento dos dejetos agrícolas e produção de energia fotovoltaica.

“O crescimento do setor cooperativista está embasado em dois pilares: a constante capitalização e investimentos do setor – tanto que a previsão do setor é investir R$ 2,14 bilhões na safra 2019/2020, sendo que 56% desse montante será em agroindústria, 34% em infraestrutura e 11% em serviços estratégicos. Para crescer e propiciar uma melhoria na renda do produtor, é fundamental que as cooperativas tenham acesso ao crédito”, aponta o BRDE.

Carteira vocacionada

O BRDE informa que tem 60% de sua carteira vocacionada para agricultores e agroindústrias; mesmo atuando somente em três estados brasileiros, a instituição é a maior operadora do Programa de Desenvolvimento Cooperativo (Prodecoop) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo.

“O acesso coletivo às linhas de crédito permite que os agricultores associados a cooperativas se fortaleçam com segurança, por meio da economia de escala. Com o apoio das cooperativas, o pequeno produtor rural cooperado consegue, por exemplo, exportar parte de sua produção, chegando a mercados que nunca chegaria, caso atuasse sozinho”, ressalta o diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley Lipski.

Diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley Lipski (Foto: Divulgação)

 

Liberações do BRDE nos Campos Gerais

Cooperados de Crédito

2018: R$ 482 mil

2019: R$ 664 mil

Cooperados de produção

2018: R$ 5,83 milhões

2019: R$ 3,95 milhões

Cooperativas de produção

2018: R$ 18,64 milhões

2019: R$ 59,92 milhões

TOTAL

2018: R$ 24,96 milhões

2019: R$ 64,55 milhões

*Os dados foram repassados pelo BRDE e são referentes ao período de janeiro a setembro

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