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“Banco público é fundamental como ferramenta de governo”

Para Superintendente do BRDE, banco público deve zelar pelo dinheiro público e tem vantagens sobre instituições privadas; municípios receberão R$ 60 milhões em financiamentos este ano

Fabio Matavelli
Starke: Nosso dinheiro não é fundo perdido, é financiamento para quem tem bons projetos e quem tem crédito”

 

O Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE) financiou mais de R$ 18 milhões em projeto em Ponta Grossa no último ano. Em todo o Paraná, em 20105, foram R$ 2,68 bilhões em empréstimos, boa parte para o setor privado. A agência, no entanto, também tem linhas de créditos para o poder público.

“Dos R$ 5 bilhões que temos no Paraná, só R$ 30 milhões é do setor público. Mas vamos fazer mais, porque o Estado precisa desses financiamentos, os municípios estão precisando”, afirma Paulo Cesar Starke Junior, superintendente da agência do Paraná do BRDE. Para 2016, o banco prevê R$ 60 milhões em financiamentos para o setor público. “São R$ 60 milhões para qualquer projeto de infraestrutura urbana ou rural, desde estradas, asfalto, escola, hospitais”, completa.

Starke explica que para um empresário ter acesso a uma linha de crédito, antes de mais nada, é preciso ter um projeto. “Não é nada maluco. É uma boa ideia do que o empresário quer”, explica.

O recurso obtido junto ao banco, vem aos poucos, e o pagamento só começa a ser quitado após a conclusão do projeto. “O BRDE não financia capital de giro corrente, para ser aplicado no dia a dia. Só se financia dinheiro de longo prazo. Mas tudo que for de investimento produtivo, a gente financia. Desde um comércio de pães a uma escola, produtor rural, uma grande indústria, uma cooperativa. Nosso dinheiro não é fundo perdido, é financiamento para quem tem bons projetos e quem tem crédito”, explica.

Starke não tem dúvidas da importância de um banco público para o sistema econômico e como ferramenta de governo. “Hoje o banco financia bons projetos e possui uma inadimplência menor que o financiamento privado”, analisa.

Como funcionam os financiamentos do BRDE:

Primeiro passo

“O primeiro passo para a empresa buscar recursos do BRDE é apresentar um projeto. O banco só financia projetos. Podem ser até projetos que não são necessariamente levantar uma parede ou comprar uma máquina. Pode ser desenvolvimento de tecnologia, por exemplo, ou comprar livros para uma biblioteca de uma universidade. Pode ser tudo que a empresa vai investir e transformar em projeto, o banco financia. Nunca libramos o recurso integral para o empresário fazer. Porque o dinheiro é público e merece todo o cuidado.”

Como é este projeto?

“O projeto não é algo nada mirabolante, é uma ideia bem estruturada. Desde que enha consistência, lógica e que traga resultado a longo prazo. E que não só o empresário vai ganhar, mas a comunidade também.”

Linhas para microempresários

“O microempresário que fatura acima de R$ 500 mil por ano já pode começar a pensar a buscar recurso a longo prazo no BRDE. Hoje temos uma grande número de pequenos produtores rurais na região sendo atendidos, por meio de parceiros.”

 

Banco público

“É difícil de a população enxergar, mas não existiria um sistema financeiro equilibrado se não houvessem os bancos públicos. Em 2015 o crédito como um todo retraiu, e um banco como o BRDE aumentou sua participação. Porque o banco privado deixa de atender, mas o empresário continua com demandas. E eu não tenho dúvidas também que a gente continua oferecendo as melhores condições. O banco privado financia a compra de uma máquina em cinco anos, nós oferecemos em dez, doze anos. Não tenho dúvidas da importância de um banco público como ferramenta de governo.”

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