Bancários de todo país se reunirão em assembleias, a partir desta quarta-feira, para analisar a proposta de reajuste salarial feita pelos bancos. Foram dez reuniões entre representantes das instituições e dos trabalhadores, desde 28 de junho último até a última quinta-feira (23), para chegar à oferta da reposição inflacionária e de aumento real. A data-base é setembro.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Ponta Grossa e da Região, Gilberto Leite, que participou das negociações de mesa em São Paulo, os bancos ofertaram 1,18% de aumento real e projeção de 3,78% de reposição pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O reajuste passará a valer a partir de 1° de setembro, porém é preciso aprovação em assembleias. “Quem determinará se as propostas contemplam a categoria serão os próprios bancários nas assembleias”, salienta Gilberto.
Ele destaca que os sindicatos dos bancários conseguiram manter todas as cláusulas da convenção coletiva de trabalho. Se o acordo for fechado pelos colaboradores, a validade será de dois anos, porém no segundo ano haverá a reposição inflacionária e o aumento real será de 1%. “Se aprovada a proposta em assembleia, a primeira parcela da PLR [participação nos lucros e resultados] será paga até 20 de setembro”, comenta.
Para Gilberto, houve evolução também em outras questões. “Evoluímos na manutenção de algumas cláusulas que os bancos queriam retirar e nos bancos públicos conseguimos manter o Saúde Caixa, a PRL social, a isenção das tarifas e ausências permitidas. No Banco do Brasil, além de manter todos os direitos conseguimos três avaliações para efeito de descomissionamento e para todos os bancários (público e privado) de 6 horas ampliamos o intervalo de almoço de 15 para 30 minutos”, conta.
Para Gilberto, “diante do cenário em que os trabalhadores enfrentam um período de negociação coletiva pós reforma trabalhista, consideramos um avanço a manutenção dos direitos e conquistas com aumento real”, observa.