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Balança de pesagem da Coimbra gera dúvidas


A MENOS
Nova balança não permite  visualização aos caminhoneiros

Desconfiados do novo sistema de pesagem adotado pela Louis Dreyfus (Coimbra), caminhoneiros acionaram a polícia militar na manhã de ontem. Eles contam que em 14 caminhões que descarregaram soja entre segunda-feira e ontem a empresa alegou a falta de 18 mil quilos do grão. Denunciam ainda que a companhia não estaria permitindo os motoristas acompanharem, através do visor da nova balança, a quantidade pesada. Eles estariam sendo comunicados da diferença (da quantidade carregada para a descarregada) apenas na saída da fábrica. O quilo da soja equivale a R$ 0,95. Os caminhoneiros temem serem obrigados a arcar com o prejuízo.

De acordo com Jorge Kar­pinski, caminhoneiro há 15 anos, a Dreyfus teria apontado a falta de 1.910 quilos de soja em sua carga. “Nunca faltou uma quantidade destas”, afirma. Ele carregou em Sinop, no Mato Grosso, e descarregou na terça-feira às 22 horas, porém ainda ontem aguardava na porta da empresa uma explicação da diretoria para a diferença da carga, já que, segundo os caminhoneiros, a companhia teria comunicado que um técnico havia sido chamado para ‘regular’ a balança.

Olívio Meurer, 38 anos de profissão, também aguardava um posicionamento da Dreyfus. Ele descarrega soja há 8 anos na empresa, porém conta que evita fazer viagens para a companhia justamente por já ter tido problemas com a pesagem da carga. “Tenho certeza que não perdi 1.580 quilos de soja na estrada”, diz. Revoltado, ele revela que saiu de Cafelândia às 8 horas de terça-feira e chegou às 23h30 na fábrica. O descarregamento ocorreu na tarde de ontem.

“Em hipótese alguma faltou uma quantidade destas”, garante Sérgio Bachta, caminhoneiro. A empresa teria informado-o da falta de 1.420 quilos de soja em seu caminhão.

O caminhoneiro, Ericson Arlindo Wurzler, descarregou na madrugada de ontem. Ele carregou em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, e na hora de deixar a empresa foi informado de que a diferença na carga era de 1.360 quilos. Um caminhoneiro acabou desistindo de aguardar o posicionamento da companhia e foi embora. Ele levou um prejuízo de 2.440 quilos de soja, ou seja, mais de R$ 2.300 a menos no bolso.

A mesma reclamação era feita por um grupo de mais de 20 caminhoneiros. Eles contam que o tolerável é faltar 0,25% sobre o peso da carga. Indignados, os motoristas prometem registrar boletim de ocorrência contra a empresa, que no final da tarde desta quarta-feira chamou a polícia militar alegando que os caminhoneiros estariam impedindo o descarregamento. Já, pela manhã, conforme os motoristas, a polícia não compareceu alegando que o fato não justificava a presença deles no local.

Resposta
A Coimbra informou, na noite de ontem, que está avaliando a situação e que se posicionará oficialmente amanhã.

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