Nada mais brasileiro que o nome ‘Atacadão’. Fácil de identificar e no aumentativo. Em Ponta Grossa, o nome já remete diretamente ao estabelecimento que se instalou na década passada na Avenida Visconde de Taunay, próximo do Viaduto Santa Paula. Já há pessoas que usam o ‘Atacadão’ de PG como ponto de referência. Mas nesta semana os brasileiros ‘piraram’ nas redes sociais com a versão ‘árabe’ do mercado. Você sabia que o ‘Atacadão’ não é exclusividade do Brasil?
— as profundezas do brasil autóctone (@brasilautoctone) March 15, 2023
O folheto de ofertas acima pertence ao ‘Atacadão’ do Marrocos. E o nome é esse mesmo: Atacadão. A nomenclatura não mudou mesmo depois do Grupo Carrefour adquirir a marca.
Inclusive, o mercado em terras marroquinas não é nenhuma novidade. Apuração do ‘Pequenas Empresas, Grandes Negócios’ mostra que o Atacadão está no Marrocos há mais de 15 anos e tem por lá 11 unidades.
— as profundezas do brasil autóctone (@brasilautoctone) March 15, 2023
Atacadão surgiu no Paraná
O Atacadão tem origem no Paraná, muito antes do Grupo Carrefour pensar em adquirir a marca. Em 1962, o gaúcho Alcides Parizotto montou uma pequena distribuidora de alimentos em Maringá para atender famílias na região. Fez parcerias com comerciantes de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e, rapidamente, ganhou o status de atacadista vendendo produtos como queijo, salame, banha, presunto, farinha, vinho, arroz e outros cereais. Em 1968 o negócio se expandiu para fora do Paraná, e, na década de 1970, chegou a São Paulo.
O sistema ‘atacarejo’ foi implantado pela empresa em 1984 na unidade de Campo Grande (MS). Alcides deixou a empresa em 1991.
Em 2007, o Grupo Carrefour adquiriu o ‘Atacadão’ e comandou a internacionalização da marca sem abrir mão do nome abrasileirado. A primeira loja fora do país surgiu em Bogotá, na Colômbia. Depois houve instalação de lojas na Argentina e Marrocos.
Em 2015, há unidades do mercado em todos os estados brasileiros e Distrito Federal. Hoje há mais de 300 unidades no país.