A Receita Federal divulgou nesta quinta-feira (23) o resultado da arrecadação de 2019. A delegacia regional, que integra 62 municípios, somou R$ 4.78.873.158, montante 8,23% maior nominalmente (sem o desconto da inflação) do que o registrado em 2018. A cifra é composta pelos quase R$ 2,4 bilhões da arrecadação fazendária e mais de R$ 2,34 bilhões das contribuições previdenciárias.
O aumento representa o crescimento da renda, consumo e patrimônio das empresas e trabalhadores dos municípios da região – itens tributados pela Receita Federal. Considerando os impostos separadamente o que puxou a alta foi o sobre produtos industrializados (IPI) – fato que comprova o desenvolvimento industrial que vem acontecendo nos últimos anos.
Apenas o IPI subiu 16,4% de um ano a outro, superando a marca de R$ 304 milhões. Na sequência de crescimento figuram o Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), com +15,4% (R$ 573,19 milhões) e o Programa de Integração Social (PIS), também com 15,4% (R$ 154,41 milhões).
A arrecadação do imposto de renda teve um incremento de 6,3% chegando a R$ 987,4 milhões – apenas o retido na fonte (IRRF) aumentou 20,3%. Em contrapartida, o menor aumento nominal, que fica negativo quando descontada a inflação do período, é o da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), que obteve um resultado apenas 0,4% menor do que ao decorrer de 2018, somando R$ 254,9 milhões.
Comparativo
Enquanto a delegacia de Ponta Grossa registrou um crescimento nominal de 8,23% no ano, o Brasil teve uma variação menor, de 5,52%. No estado, a região de PG fica atrás apenas de Cascavel (11,41%) – porém, conforme lembra o delegado regional, Demetrius Soares, em 2019 a delegacia de Cascavel integrou a de Foz de Iguaçu, que tornou-se alfândega; portanto, só será possível comprar igualmente a partir deste ano. No Paraná, na sequência de altas figuram Curitiba (4,72%), Londrina (3,651%) e Maringá (2,91%).
Cinco anos
Em cinco anos a arrecadação da delegacia da Receita Federal em Ponta Grossa cresceu 36,6%, registrando em 2019 R$ 1,27 bilhão a mais do que em 2015. Durante esse período as contribuições previdenciárias avançaram mais do que a arrecadação fazendária, apesar de ainda ficarem atrás no montante total. Enquanto as previdenciárias aumentaram 40,6%, as fazendárias tiveram uma variação de quase 32,3%.
Através do IPI, indústria puxou aumento na arrecadação (Foto: Arquivo DC)