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Aplicativo que denuncia infrações de trânsito vence maratona de startups

Na “maratona hacker” da mobilidade urbana, o 1º Hackathon Mob, realizado neste fim de semana (21/08) em Ponta Grossa/PR, 70 inovadores dividiram-se em 13 potenciais startups e desenvolveram novas ideias para melhorar a vida nas cidades através do uso da tecnologia. As novas empresas, nascidas no próprio local, ofereceram soluções inovadoras para baratear os custos do transporte coletivo, facilitar a vida dos usuários e oferecer ao mercado e à administração pública novas possibilidades de gerir o sistema de maneira mais eficiente.

A maratona, realizada pela Prefeitura através da Secretaria de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional e pelo Sebrae/PR, iniciou às 16h de sexta-feira e só terminou às 16 horas de domingo, na Estação Arte, com a premiação das três startups que mais se destacaram, tendo em vista o potencial da ideia e a viabilidade da proposta inovadora. Os competidores tiveram acesso a dados sobre o transporte coletivo e outros sobre a cidade, com sugestões de problemas a serem solucionados, mas tiveram liberdade para propor ideias em aplicativos e softwares, desde que respeitando o tema da mobilidade urbana, com premiação de R$ 3 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil, além de créditos em compras na Amazon e na nuvem IBM (Blue Mix e SoftLayer) e 10 horas de consultoria no Sebrae.

As ideias foram julgadas por uma banca de cinco avaliadores. Em primeiro lugar ficou a startup Trapp, formada pelos estudantes Daniel Veiga, Fábio Meira de Castro, Lucas Reksua e Thiago Teixeira de Almeida. A equipe inventou um aplicativo para celulares que poderá ser usado para denunciar de maneira rápida e direta para autoridade de trânsito o uso indevido de vagas de estacionamento em qualquer ponto das cidades. O objetivo é fazer com que os cidadãos contribuam para impedir que pessoas sem o direito de utilizar as vagas para pessoas com deficiência e idosos, por exemplo, façam uso das vagas. O mesmo vale para estacionamentos irregulares, em frente ao portão de residências, por exemplo, registrando com foto e enviando a infração para o agente mais próximo, buscando uma solução.

“O aplicativo vai auxiliar a mapear os pontos onde ocorrem as infrações de maneira mais comum. A ideia não é multar, mas conscientizar e resolver a situação de maneira pacífica. Hoje as pessoas não sabem como denunciar e esta será uma maneira rápida e fácil de fazer isso e otimizar o uso destas vagas, ajudando o cidadão a fazer seu papel”, conta Elina Torres, 20 anos, estudante de Engenharia de Software. O objetivo da equipe, agora, é aprimorar a ferramenta com os R$ 3 mil recebidos em prêmio. “Vamos continuar e estamos vendo as melhorias para que seja viável, tecnicamente e economicamente. Em nossa ideia, haverá geração de relatórios através desse sistema, podendo gerar melhorias na execução dos projetos de mobilidade urbana”, conta a empreendedora.

Estar e transporte coletivo

Segundo o secretário de Indústria e Comércio de Ponta Grossa, Paulo Carbonar, a criação do ambiente de inovação irá gerar benefícios que vão além das ideias lançadas no evento. “O Hackathon é um start para Ponta Grossa, que cada vez mais deve abrir espaço para os inovadores, estimulando a criação de soluções de base tecnológica, produzindo e exportando estes conhecimentos, gerando receita e empregos extremamente qualificados”, conta Carbonar.

Nesta oportunidade, o evento também gerou soluções para o sistema de transporte coletivo. Na segunda posição ficou a startup Fichinha, que bolou um aplicativo que permite a compra de créditos online pelos usuários do transporte coletivo, através do celular e com cartão de crédito, para uso do cartão transporte. Outro diferencial da aplicação é de que o usuário irá transformar o próprio celular em um ponto de recarga – bastará aproximar o cartão do smartphone e o cartão será recarregado automaticamente, com o uso da tecnologia NFC, já disponível na maioria dos celulares. Através do aparelho também será possível acompanhar os créditos e bloquear o cartão, caso ele seja extraviado.

“Este resultado significa uma oportunidade de desenvolver uma ideia e entrar no mercado das startups. Agora vamos buscar detalhes para terminar de desenvolver o aplicativo, que não serve somente para Ponta Grossa. Vamos buscar apoio para seguir em frente”, conta . Mauro Ricardo Júnior, estudante de Engenharia Mecânica. Completam a equipe Carlos Eduardo Abade, Felipe Soares, Felippe Monteiro Camargo Neves e José Guilherme de Paula do Rosário.

O terceiro lugar contemplou o projeto Smart Card Mobile, que buscou soluções para ampliar a eficiência do sistema de Estacionamento Regulamentado, o Estar. A proposta busca a automação do sistema de estacionamento rotativo. Através de um chip instalado no pára-brisas do veículo, será possível adquirir créditos para uso do sistema. Os débitos serão realizados automaticamente a partir do acionamento pelo usuário, que poderá receber informações sobre o tempo restante no uso da vaga a necessidade de realizar o estacionamento rotativo, entre outras, além de quitar notificações pelo celular.

“Somente pelo fato de tirar a ideia do papel e ter iniciado esse processo, já é sensacional. O próximo passo é patentear e viabilizar economicamente o projeto. Tocar para frente, fazer acontecer e virar um negócio de verdade”, vislumbra Nunes. A equipe foi composta por Marcelo Zoldan, Leandro Nunes, Paulo Vieira, Felipe Canova Rodrigues e Wilhelm Bodera.

Competiram em pé de igualdade desde estudantes do Ensino Médio até profissionais da área da tecnologia, além de estudantes universitários e técnicos de diversas instituições de ensino da região dos Campos Gerais. Thaíse Orita, consultora do Sebrae, considerou “surpreendentes” a maturidade e aplicabilidade das propostas para o município. Ela acredita que, através dos eventos, as ideias para a criação de novas startups vão aflorar cada vez mais em Ponta Grossa. “Estes são eventos de sensibilização. É importante que os inovadores entendam que estas ideias podem se aplicar durante toda uma vida e podem não apenas ser usadas no município, localmente, mas que podem ser internacionalizadas com muita facilidade”, afirma.

Parceria

Com realização da Prefeitura de Ponta Grossa, através da Secretaria de Indústria, Comércio e Qualificação Profissinal, e do Sebrae, o Hackaton Mob teve patrocínio Gold da Heineken, Carbonar Comunicação Visual, Viação Campos Gerais, Net/Claro e Porto Bureau, com patrocínio Silver da rede Madero de restaurantes. As empresas .Tech, DF Systems, Flex 376, M2 e Faculdades Ponta Grossa aderiram ao patrocínio Bronze.

A comissão organizadora foi formada por Tônia Mansani e Anne Pedroso (Secretaria de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional da Prefeitura de Ponta Grossa), Thaise Orita (Sebrae), Luciano Paitch (Senai), Rafael Breus, Lucas Jansen e Robson Jean (Startup L2 RP). Atuaram como evangelistas Júlio Faerman, da Amazon Web Services, e Ezequiel Kwasnicki, da Plataforma IBM Blue Mix.

Divulgação

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