Denunciado por estupro de vulnerável pela Segunda Promotoria de Justiça Criminal de São João de Meriti, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), o anestesista Giovanni Quintella Bezerra já havia atuado em outras especialidades da medicina, entre elas obstetrícia e ginecologia. A informação consta no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Como médico anestesiologista há registros de Giovanni no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias; no Complexo Regional da Mãe de Mesquita-Maternidade e na Clínica da Mulher, em Mesquita; no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, todos na Baixada Fluminense e no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha Circular, zona norte do Rio de Janeiro.
Além disso, a lista inclui a função de mastologista, ginecologista e obstetra na Femi Vídeo Clínica Ltda, em Vila Isabel.
No Hospital de Caxias foi um contrato temporário; no de Mesquita, no Getulio Vargas e no de São João de Meriti como autônomo; e na clínica, como pessoa física. Com exceção desta última unidade, as outras são ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) desconhecia essas outras especialidades. “O médico Giovanni Quintella Bezerra não informou qualquer registro de especialidade no Cremerj”.
Registro suspenso
O registro de Giovanni Quintella Bezerra está suspenso provisoriamente pelo Cremerj. A decisão foi tomada na terça-feira (12), após ter acesso às imagens do estupro da mulher, consideradas gravíssimas pela entidade. Com a decisão, o anestesista fica impedido de exercer a medicina em todo o país. “A medida é um recurso para proteger a população e garantir a boa prática médica”, informou.
Além da suspensão provisória, o Cremerj decidiu instaurar um processo ético-profissional, que pode resultar na cassação definitiva do registro de médico do acusado.