A arrecadação de impostos federais registrou aumento no acumulado do ano e em comparação com o mês de outubro do ano passado. Os dados são referentes aos 62 municípios em que a delegacia regional da Receita Federal sediada em Ponta Grossa é responsável.
Somando os tributos fazendários e previdenciários, a arrecadação atingiu R$ 3,5 bilhões. Em comparação com ano passado – de janeiro a outubro – o total já supera em R$ 312 milhões, uma alta nominal de 9%.
Desde o início do ano, as contribuições previdenciárias têm registrado estabilidade e picos de elevação em alguns meses. Isso se deve a retomada de contratos de empregos no Paraná e na região dos Campos Gerais. O delegado da Receita Federal em Ponta Grossa, Gustavo Horn, acredita que a arrecadação deve aumentar ainda mais com a crescente de contratos no final do ano. “Com a recuperação econômica de vários setores nos últimos meses, consequentemente, aumenta as vagas e isso reflete nessa maior arrecadação”, explica. De janeiro a outubro, as contribuições da previdência já somam R$ 1,7 bilhão.
No Paraná, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostram que entre janeiro e outubro foram criadas 59 mil vagas de empregos. O setor de serviços foi o que gerou mais vagas com 37 mil no total. Em seguida vem o setor da indústria com 12 mil, construção civil e comércio, ambos com quatro mil.
A projeção de arrecadação até o final de 2018 é de R$ 4,3 bilhões, uma elevação de aproximadamente R$ 300 milhões em relação ao ano de 2017, que fechou em R$ 4 bilhões. “Todo esse valor arrecadado é usado de várias formas pelo governo federal. Uma parte do valor volta para os estados e municípios. Ou seja, essa contribuição tem retorno para a população em forma de programais sociais”, revela Horn.
Os impostos são destinados, principalmente, para programas de geração de emprego e de inclusão social, como o plano de construção de habitação popular, saneamento, incentivos para a produção agrícola e industrial, segurança pública, cultura e esporte, entre outros.
Ressarcimento
A Receita Federal registrou queda do recolhimento de alguns impostos como Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). De acordo com Horn, isso ocorreu devido ao pagamento de ressarcimentos para grandes empresas que exportam produtos.
“Essas empresas acabam acumulando créditos no PIS e Cofins. Depois elas podem entrar com um pedido de ressarcimento, que ela pode receber dinheiro ou compensar em outros tributos. Isso influencia diretamente na arrecadação dos impostos federais, o que acaba diminuindo esse valor total”, ressalta.
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