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Acordo facilita ligação entre o Paraná e Chile

A iniciativa da criação do Foro para o Progresso e Desenvolvimento da América Latina (Prosul), durante a visita do presidente Jair Bolsonaro ao Chile, deve facilitar a concepção do corredor bioceânico, uma nova via para ligar o Porto de Paranaguá, no Paraná, e o Porto de Antofagasta, no norte do Chile.

O fórum vai promover a cooperação nas áreas de comércio e desenvolvimento econômico, e permitirá aos países aumentar a integração no cone sul. Para o governador Carlos Massa Ratinho Junior, a modernização da infraestrutura deve estar entre as prioridades dos países sul-americanos e a ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico é fundamental para ampliar a competitividade da região no mercado global.

Ratinho Junior já apresentou a proposta de ligação bioceânia ao presidente Jair Bolsonaro, ao presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, ao ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e ao diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Joaquim Silva e Luna, que pode assumir a execução do projeto executivo do empreendimento.

O governador destaca que a participação de Itaipu pode abrir caminho para os entendimentos com os demais países por onde passará a futura ferrovia. “É um diálogo que vale a pena, já que é uma obra estruturante muito importante e um sonho antigo do País”, afirmou Silva e Luna.

Em recente encontro entre o governador e o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, a construção da ligação entre Paraná e Chile foi um dos principais itens da pauta. Segundo o diplomata, a China tem muito interesse em participar do projeto, além dos novos processos de concessão de rodovias, ferrovias e aeroportos e ampliação da operação portuária no Paraná.

A construção do corredor bioceânico também esteve na agenda do governo estadual com embaixadores dos países que formam o BRICS. Além do Brasil, o grupo econômico tem a China, Rússia, África do Sul e Índia. “A modernização da nossa infraestrutura cacifa o estado a ter maior participação nas relações comerciais do bloco”, avalia o governador Ratinho Junior.

A ligação entre os dois portos e a reestruturação de escoamento da produção do agronegócio vai engordar as exportações brasileiras e sul-americanas para os países asiáticos pelo Oceano Pacífico. Apenas o Paraná exporta anualmente mais de US$ 6 bilhões à China, principal consumidor de soja e carne de frango do estado.

CORREDOR BIOCEÂNICO

A ligação porto a porto teria 2,5 mil quilômetros de extensão por rodovias e ferrovias e seria concedido à iniciativa privada por mais de 20 anos. O corredor começa em Paranaguá e passa por Paraguai e Argentina até alcançar o porto chileno de Antofagasta. A obra beneficiaria também a Bolívia e o Peru. A sede do corredor no Paraná facilita a integração dos demais estados do Sul com a cadeia de exportação para a Ásia. O projeto prevê escoamento da produção de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pelo trecho que se inicia em Cascavel, no oeste do estado.

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