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Entre as reivindicações estão a estadualização do Hospital da Criança |
O documento será entregue esta semana às autoridades políticas da região
A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa vai encaminhar às autoridades políticas da região até o final desta semana um manifesto em defesa da saúde pública em Ponta Grossa. O documento estabelecerá quatro linhas de ação que serão encampadas pela diretoria de Saúde da entidade. A primeira delas é a implantação da oncologia pediátrica no município. A segunda meta é a estadualização do Hospital Municipal Amadeu Puppi e do Hospital da Criança João Vargas de Oliveira. As outras metas consistem na abertura de um Pronto Socorro Municipal e na busca de agilidade na regulamentação da Emenda Constitucional n? 29.
Antes de lançar o manifesto a ACIPG promoveu reuniões internas, tendo como convidados o promotor de saúde Fuad Farah, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Sérgio Doszanet, e o secretário municipal de Saúde, Winston Bastos. No ano passado, a Câmara Técnica de Saúde já havia realizado reuniões com representantes dos hospitais para discutir a oncologia pediátrica.
A falta de atendimento oncológico pediátrico credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) obriga crianças com a saúde debilitada e famílias fragiliadas a se desgastarem ainda mais com horas de viagem e espera, na dependência de um transporte público. Trazer a oncologia pediátrica para Ponta Grossa é uma questão de defesa da dignidade humana, podera o diretor de saúde da ACIPG, Francisco Pereira de Barros Neto.
A ACIPG e o Conselho de Entidades já fizeram pedidos oficiais de apoio para instalação da Oncologia Pediátrica à senadora atual ministra da Casa Civil – Gleisi Hoffmann, e aos deputados federais eleitos pela região. Nosso papel agora é finalizar o levantamento de demandas e acompanhar de perto como nosso pedido vem sendo encaminhado em Brasília, reforça o presidente da ACIPG, Márcio Pauliki.
A estadualização do Hospital Municipal e do Hospital da Criança foram demandas trazidas à ACIPG pelo promotor Fuad Farah e pelo secretário de Saúde, Winston Bastos. Já há uma negociação em andamento entre o Município e o Estado para a estadualização do Hospital da Criança, mas há uma negativa em relação ao mesmo processo no Hospital Municipal. A estadualização é uma forma de garantir que o governo municipal direcione mais recursos para o atendimento à saúde básica. O que se gasta hoje com o Hospital Municipal pode ser revertido, por exemplo, em mais equipes de estratégia em saúde da família, fortalecendo o trabalho de prevenção, assinala Barros.
Um dos primeiros passos para auxiliar nessa meta é uma reunião com a secretária de Saúde do Paraná, Michele Caputo Neto, que já está agendada para a pr. Para avançarmos em relação à estadualização do Hospital Municipal, precisamos trabalhar unidos e organizados, complementa Pauliki.
Cidade precisa de Pronto Socorro
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TRIAGEM O atendimento de urgência acontece nos próprios hospitais |
Outro grande desafio é fazer com que Ponta Grossa volte a ter um Pronto Socorro. Atualmente os casos de urgência e emergência são atendidos apenas nos próprios hospitais.
O último ponto do manifesto será a busca de agilidade na regulamentação da Emenda Constitucional n? 29. A partir dessa regulamentação ficará mais claro o papel de cada governo (federal, estadual e municipal) no que toca à saúde. Além disso, a EC tende a estabelecer diretrizes sobre os gastos com saúde, evitando desvio de finalidade dos recursos. Um dos trabalhos que serão feitos para atingir essa meta é o contato com a bancada paranaense em Brasília buscando agilidade nos processos. A regulamentação da EC n? 29 é ponto fundamental para nortear e esclarecer a diretriz de saúde pública no Brasil, defende o presidente da ACIPG, Márcio Pauliki.
Com a divulgação do Manifesto a ACIPG pretende organizar e mobilizar lideranças e a sociedade civil organizada em busca de avanços na saúde pública. Melhorar a saúde pública é um desafio de todo cidadão, finaliza Pauliki.