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A Infância Bilíngue: como crianças aprendem idiomas naturalmente

Foto ilustrativa Freepik

O aprendizado da língua materna é um processo natural para as crianças. Entre a escuta ativa de conversas e a exploração das possibilidades de comunicação, a jornada de alfabetização é iniciada em casa, na tenra idade, e se completa nas instituições de ensino, com profissionais especializados. Da mesma forma, a aquisição de uma segunda língua pode ser feita de forma instintiva, já que na fase da educação infantil as crianças estão mais suscetíveis à assimilação de informações relacionadas à linguagem e aprendem novos idiomas mais naturalmente.

Como crianças aprendem idiomas

Magdal Justino Frigotto, diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR), destaca que as crianças têm uma tendência maior a absorver os estímulos externos que são apresentados e esse processo acontece, até mesmo, de forma inconsciente, como na alfabetização na língua materna.

“O item mais importante é que a criança tem muita exposição à língua materna – ela ouve isso todos os dias, o tempo todo, quando os pais falam diretamente com ela, quando outras pessoas se comunicam, etc. Isso se torna um processo subconsciente. Aprender uma segunda língua é parte do mesmo processo”, adiciona.

Pronúncia e vocalização

Nos primeiros estágios de desenvolvimento, os estudantes da educação infantil espelham as habilidades de pronúncia, de vocalização e de coordenação motora dos adultos e dos colegas. Assim, o aperfeiçoamento se dá por tentativa e erro, com a condução de especialistas, mas de forma contínua em todos os ambientes e esferas sociais em que a criança está inserida.

“Antes dos 7 anos de idade, nossa capacidade de aquisição de língua está em crescimento. Por isso, qualquer oportunidade que a criança tenha de ter acesso a mais de um idioma trará chances de sucesso ainda maiores do que na vida adulta”, observa Ana Andrea Abreu Landeiro, diretora da Maple Bear São José dos Pinhais.

Idiomas simultâneos

Devido a essa maior recepção de novas informações, os alunos podem iniciar o desenvolvimento da língua portuguesa paralelamente à língua inglesa, por exemplo. Ao explorar os nomes das frutas, cores e objetos, o cérebro, aos poucos, assimila o segundo idioma e, com o exercício constante, leva à formação de frases e à possibilidade de raciocínio nos dois idiomas.

“Começar esse aprendizado na infância faz com que a criança tenha mais chances de adquirir uma pronúncia natural, além de desenvolver o raciocínio lógico e a convivência social”, conta Frigotto. De acordo com o especialista, o aprendizado funciona melhor quando inserido em um contexto relevante para o aluno, de forma natural, multissensorial e marcante para a vida do estudante.

Oportunidades

Quando essa jornada é iniciada nos anos iniciais de ensino, pode ter um impacto relevante no futuro da criança. “De uma forma geral, quando essa segunda língua é o inglês, eles têm um impacto direto, que é de maiores oportunidades: bolsas de estudo em escolas ou universidades renomadas quando mais jovens; oportunidades de viagens internacionais; conseguir se comunicar internacionalmente; se candidatar a uma maior gama de empregos – incluindo cargos de alto escalão”, diz o diretor.

Culturas

Ao mesmo tempo, os impactos secundários, segundo Frigotto, não são menos importantes e incluem o conhecimento de outras culturas, o aprendizado sob novas perspectivas e uma visão mais ampla de mundo. No entanto, para isso, é necessário que o desenvolvimento seja acompanhado de profissionais capacitados com o auxílio de metodologias que se adequam à idade e que aproximam o novo idioma do dia a dia da criança.

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