"O cenário político ainda é masculino, branco e de alta renda, o que deixa as mulheres subjugadas e com receio de se envolver com a política, tendo mais dificuldades de fazer alianças e reunir apoiadores na campanha, e até de aprovar projetos quando eleitas", analisa a advogada Isabella Godoy Danesi, voluntária no Observatório Social de Ponta Grossa.
Mas, levando em conta que a maioria do eleitorado é formado por mulheres, para o diretor-presidente do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, o primeiro desafio é fazer com que o eleitorado feminino vote nas candidatas. "Além disso, a mudança na legislação está propiciando o surgimento de mais candidaturas femininas", aponta. Isso acontece porque, com o fim das coligações para as eleições proporcionais, os partidos precisarão apresentar, individualmente, no mínimo 30% de candidaturas de mulheres. Além disso, há um percentual do Fundo Eleitoral que terá que ser gasto com as candidaturas femininas. "O que pode ser o grande diferencial para termos mais mulheres eleitas nas prefeituras e câmaras é o convencimento das candidatas para que recebam o voto das mulheres", completa.