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“2019 foi um ano de importantes debates”, avalia Daniel Milla

No segundo mandato de vereador, Daniel Milla assumiu em 2019 a presidência da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa. À frente da Mesa Executiva, Milla priorizou o corte de despesas com horas extras e a informatização dos trabalhos, com a implantação do voto eletrônico. Já que no que diz respeito ao processo legislativo, sob o comando de Milla, a Câmara discutiu diversos e polêmicos projetos – entre eles os relacionados ao transporte coletivo, além da proposta – que foi aprovada – para redução de 23 para 19 vereadores a partir do próximo mandato.

Em entrevista ao Diário dos Campos, Milla, atualmente filiado ao Partido Verde (PV) destaca que deve deixar a legenda na janela partidária deste ano e confirma que participará ativamente do pleito eleitoral: só ainda considera cedo para afirmar se participará da disputa concorrendo ao cargo de prefeito ou para um novo mandato como vereador. Ele destaca ainda os principais projetos que já estão confirmados na pauta de discussões em 2020. Acompanhe a entrevista.

Avaliação do mandato como vereador

“Neste meu segundo mandato tenho mais experiência, mais maturidade; estamos discutindo muitas questões que envolvem a cidade como um todo, tanto a questão administrativa, quanto a questão financeira do município. Acredito que quando o vereador se elege em seu primeiro mandato faz um trabalho mais especifico para o eleitor que o elegeu. Já na reeleição, com toda bagagem, conhecimento e maturidade que adquire ao longo dos anos, o trabalho se torna mais em prol da cidade de uma forma geral. Vejo que neste segundo mandato eu tive uma experiência muito boa, num trabalho em conjunto com a Prefeitura de PG para a cidade”.

Presidência da Câmara

“Na presidência da Câmara há um contato maior com lideranças de diversos setores que procuram o presidente para resolver questões macro, na intermediação de questões junto ao Poder Executivo. Além disso, tenho conseguido realizar ações a que me propus no que se refere à diminuição dos gastos e aumento da transparência no trabalho legislativo. Na iniciativa privada, onde trabalho desde a adolescência, a tendência é enxugar os gastos desnecessários e investir o valor economizado em algo que a empresa precisa. Assim, por mais que a Câmara seja um órgão público, na presidência também tenho a autonomia de poder enxugar os gastos para investir em algo prioritário.

Este é o caso da informatização: quando assumi a presidência, a primeira ação foi publicar um decreto cortando e normatizando a realização de horas extras, o que permitiu uma economia de mais de 85% no pagamento das horas extras em 2019, e a economia está sendo investida na Câmara: com reformas, compra de computadores, informatização. No período de recesso teremos uma readequação interna em que vamos trazer mais de 25 funcionários do administrativo, financeiro e RH que estão em prédio anexo para a sede do Legislativo. Além disso, economizamos cerca de R$ 12 milhões, que foram devolvidos aos cofres do Executivo. Também em 2019 investimos na informatização, com implantação do painel eletrônico de votação, confirmação de presença dos vereadores.

Ainda durante o recesso, vamos reformar a área em torno da Câmara, criando um estacionamento específico para as pessoas que visitam ou precisam dos serviços do Legislativo e Prefeitura, além de melhorar a iluminação do pátio. A ideia também é implantar o controle de acesso ao prédio.

Temos algumas readequações internas que serão necessárias, por isso cancelei a ampliação da Câmara, que tinha um gasto estimado em R$ 4 milhões, e faremos as adequações com as economias geradas pela gestão da presidência da Mesa Executiva. Em 2020 será implantado também o aplicativo da Câmara, para que os cidadãos consigam acompanhar o trabalho dos vereadores e apresentar suas demandas”.

Principais discussões em 2019

“Creio que em 2019 projetos referentes ao transporte coletivo foram bem importantes – tivemos discussões sobre o Fundo Municipal do Transporte [do Executivo, sendo duas propostas: uma rejeitada pelos vereadores e a outra que teve tramitação suspensa por determinação judicial]; o projeto de minha autoria que foi aprovado e que prevê a licitação das linhas que não estavam previstas nos lotes 1 e 2 do contrato de transporte firmado entre Município e concessionária, assim como o cartão temporal, em que a passagem terá validade de 60 minutos. Estamos na expectativa de que o prefeito Marcelo Rangel sancione a lei. E, mais recentemente, temos o projeto do Poder Executivo que propõe universalização do transporte, com implantação da ‘Tarifa zero’. Sempre vejo este debate sobre o transporte coletivo de forma positiva, porque quando discutimos assuntos polêmicos saímos da nossa zona de conforto. No caso do Executivo, como o prefeito Marcelo Rangel não vai disputar a reeleição, poderia terminar a gestão sem pautar um tema tão polêmico [sobre o projeto Tarifa Zero]. Mas, quando saímos da zona do conforto e vamos para o debate de algo que realmente impacta toda a população da cidade – como o prefeito fez – vejo como um ponto positivo, porque trazemos à tona um sistema de transporte público que hoje tem preço elevado e problemas de eficiência, então todo debate vai fazer a diferença.

Outra discussão importante foi a aprovação da proposta que reduz o número de vereadores de 23 para 19 no próximo mandato. Sou favorável à redução, não só pela questão de economia, mas por ser um desejo da população, sem falar que quantidade não quer dizer maior qualidade no trabalho.

Assumi ainda o compromisso de dar transparência a todos os projetos com tempo suficiente para serem votados, além de nunca colocar em duas discussões no mesmo dia projetos que tenham impacto direto sobre a população”.

Projetos em discussão em 2020

“Neste ano, teremos discussões novamente sobre o transporte coletivo, acerca da ‘Tarifa zero’. Por ser ano eleitoral, creio que a discussão no Legislativo deve envolver a cidade mais no âmbito administrativo do que político. Assim, teremos discussões importantes como Plano Diretor e de Mobilidade. O Legislativo também deve discutir a questão do pagamento dos precatórios, que será um desafio para o próximo gestor.  

Temos a licitação do transporte coletivo em 2022, a discussão acerca de um novo contrato entre Município e Sanepar, além do debate sobre gerenciamento dos resíduos sólidos – já que para baixar os custos do serviço, em especial no que diz respeito ao transporte, será fundamental o Município ter um aterro licenciado”.

Futuro político

“Eu saio do Partido Verde em 2020. Já ganhei a permissão para deixar a legenda, o que deve ocorrer durante a janela partidária. Ainda estou discutindo e analisando em qual legenda devo me filiar. Claro que como todo político com uma experiência maior, quero participar do processo eleitoral, mas quando se fala, por exemplo, em uma pré-candidatura a prefeito, não basta só o desejo de ser candidato, é preciso o desejo da população ponta-grossense para isso.

Por enquanto, o que é certo é que participarei do debate e do processo eleitoral em 2020, mas ainda é muito cedo para definir se será na condição de candidato a vereador ou prefeito”.

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