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Relação Bilateral Brasil/PR com os EUA e o cenário mundial

Aconteceu na quarta-feira, 15/2, na Amcham-Curitiba o Comitê de Comércio Exterior,  com a presença da Renata Vargas, braço direito do Welber Barral, um dos maiores nomes do comércio exterior no país. O tema da reunião foi a relação o Futuro da Relação Bilateral Brasil-EUA e o Cenário Mundial, como foco no governo Trump. Conversamos com a Dra. Renata Vargas.

O governo Trump tem se mostrado instável. O que, até o momento, pode ser considerado certeza em relação à política econômica?

A postura protecionista é a principal chamada da política econômica pregada por Donald Trump, conhecida por Trumponomics. De forma resumida, a política econômica do presidente norte americano está baseada três grandes pilares:  sanções comerciais para parceiros desleais, expansão fiscal para financiar obras de infraestrutura e desoneração tributária. No que diz respeito ao comércio internacional, Trump deixou claro desde a campanha e durante o discurso de posse que suas decisões serão pautadas pelo interesse dos EUA em primeiro lugar: America First. 

Quais as consequências dessa política para o Brasil?

Se o Brasil souber aproveitar e as empresas estiverem prontas para isso, pode-se prever benefícios como aumento de exportações de commodities minerais, em razão da política de expansão fiscal para obras de infraestrutura, bem como intensificação da relação do Brasil com o México e demais países com os quais o EUA poderá passar a comercializar menos – e cito saída dos EUA da TPP e a possível denúncia ao NAFTA. Ademais, prevê-se a continuidade das iniciativas em facilitação de comércio e barreiras não tarifárias, e das dezenas de diálogos comerciais que o Brasil mantém com os EUA em diversos setores da economia.

De que forma os empresários brasileiros devem se posicionar em relação ao novo governo norte-americano? E os empresários norte-americanos, o que esperam dos brasileiros?

Os empresários brasileiros devem estar atentos às oportunidades que podem aparecer para o comércio bilateral, em função do enfraquecimento dos grandes acordos de comércio dos quais os EUA faz parte ou estava negociando.  Os empresários norte-americanos estão preocupados com o que vai acontecer em relação a aumentos de impostos de importação e com a questão imigratória de boa parte de funcionários de empresas transnacionais.  De qualquer forma, é o momento de iniciar aproximações, mostrar vantagens competitivas e aproveitar que o Brasil não está no foco de Trump.

O que o Paraná pode esperar da relação bilateral Brasil-EUA a curto e médio prazo?

O Paraná é um dos estados mais prósperos e organizados do país. A pauta de exportações para os EUA é composta de produtos industrializados de alto valor agregado e há espaço para exportar mais. Há que se explorar o comércio bilateral, fazer aproximação com o governo federal e dar subsídios para o incremento dos diálogos setoriais entre os governo.


FRASE

O tempo é teu capital; tens de o saber utilizar. Perder tempo é estragar a vida. (Franz Kafka)

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