São vários os fatores, além da escassez mão de obra, que levam as empresas fazerem de tudo para manter seus talentos unidos e motivados. Tenho observado algo recente em algumas organizações: uma certa compreensão, por parte das chefias, quanto aos pequenos erros, não fazendo deles tempestades em copo dágua. Agindo assim, muitas chefias evitam atitudes de perseguição e caça às bruxas, preservando a unidade da equipe e evitando desgastes interpessoais.
O desenvolvimento das equipes passa por tentativas e erros e as organizações que realmente pensam na sua perenidade precisam entender os erros e conviver com eles. Claro que ninguém gosta de errar e claro que há limites, mas é preciso, sobretudo, superação para não desestimular a criatividade nem os talentos. Claro que no mundo dos negócios é inadmissível a existência de erros, sobretudo, quando a função do planejamento é definir o que fazer, como fazer e quando fazer. Para o psicólogo e cientista comportamental Carl Jung Os erros são, no final das contas, fundamentos da verdade.
Os novos modelos de gestão trazem aspectos extremamente positivos porque permitem formas de distribuição das tarefas e a criação de clima organizacional bem mais flexível e independente, favorecendo o ótimo desempenho da equipe, a partir de um bom convívio no ambiente de trabalho.
Quem ocupa posições de liderança e chefia tem muito mais responsabilidade sobre o erro do que quem erra, por isso a importância de conhecer bem a equipe e suas potencialidades. Acertar na delegação de qualquer tarefa, atividade ou projeto minimiza as chances de dar errado.
A sociedade de modo geral enfatiza e valoriza muito o sucesso, mas é do fracasso, dos erros, que são colhidos os acertos. Em defesa do sucesso, há milhões de publicações e milhares de palestrantes, como se no mercado existisse espaço para tantos líderes e dando a impressão de que os liderados seriam uma espécie de profissionais de segunda linha, que erraram ou não alcançaram o tal êxito.