Creio que ao longo das minhas publicações, já tenha abordado acerca da relação acima colocada, porém constantemente venho me deparando com situações aflitivas em relação à educação e à formação que tal relação desencadeia. Muitos pais estão “terceirizando” a educação de seus filhos, deixando-os sob os cuidados de “babás”, da própria escola, dos avós.
A vida hoje nos convoca muito ao trabalho, às atividades colaborativas com as finanças e o papel dos pais está ficando enfraquecido: alguns pais nem mesmo conhecem o desenvolvimento escolar de seus filhos, das inquietações acerca da vida, quem são seus amigos. Em algumas situações, a criança solicita, faz “manha”, o adolescente nos aborrece, nos afasta e nos ignora.
E eles crescem… e muitas vezes não os reconhecemos mais.
Não podemos abrir mão do papel da “maternagem e da paternagem”, para que nossos filhos se constituam em seres seguros, desenvolvam sua personalidade, passem as fases de desenvolvimento de forma a se “constituírem como sujeitos” integrais, sem ambivalência, inseguranças, etc. E, se esses sintomas ou síndromes se alojarem, saibamos junto com eles, fazer o enfrentamento.
A criança reconhece pais que tenham autoridade: que não significa ser arrogante, soberba, que impõem a autoridade pela força, aquele que bate, que põe de castigo, mas sim aquele que conquista pela “autoridade, firmeza e amor e mesmo que a criança resista vai perceber que a sua autoridade é segura, porque o que os pais disserem ou fizeram, pois educamos pelo exemplo também, será uma autoridade com convicção e com legitimidade: um Não é o Não, um Sim é um Sim, um Depois é Depois, o Agora é o Agora! “A autoridade é conquistada com atitudes firmes e não desautorizadas”. (Cris Polli)
Importante manter a ordem dada, e a criança não terá dificuldade em obedecer, quando os pais exercem a autoridade com convicção e ela aprenderá a obedecer quando sempre os pais são “seguros”, e não gritam, não são agressivos e não mudam a “ordem dada”, senão sua decisão e autoridade ficarão comprometidas. (Cris Polli).
A autoridade, a convicção, devem vir com o Amor que os pais devem demonstrar aos seus filhos. E, esses, retribuir o sentimento recebido, numa relação dialogada e argumentada na lógica e no bom-senso.