Lílian Yara de Oliveira Gomes- CRO 08/17889
“A ansiedade e o medo envenenam o corpo e o espírito”(George Bernard Shaw)
Imagine que você, esteja numa apresentação teatral e seja convidado para participar de uma cena, tendo a função de ser um (a) personagem muito cruel ou que tenha que escalar uma parede muito alta. Com certeza, o desconhecido provocaria em qualquer pessoa uma tremenda ansiedade, com sensações, primeiro de resistência ao apelo, bem como o coração dispararia, as mãos ficariam suadas, tremores apareceriam, a boca poderia ficar seca, e o desejo seria de fugir.
Esses são alguns sintomas da ansiedade. E eles podem aparecer nas mais diversas situações: ao encontrar um animal que nos possa ser ameaçador, ou vendo uma aranha ou lagartixa, uma chuva muito forte com trovões e relâmpagos, ao enfrentar um chefe para pedir aumento de salário, e até pedir alguém em casamento. Pensamentos nos vêm à mente dizendo que tudo isso pode ser perigoso. E, se essas formas persistirem e forem recorrentes, são indicativos de que estamos com um transtorno de ansiedade. “O perigo real da situação não existe”, é uma antecipação do perigo, “uma interpretação subjetiva de perigo, uma distorção cognitiva da situação”.
E a ansiedade se manifesta de maneiras diversas: medo de falar em público, medo de elevador, medo de dirigir, de andar de avião, de insetos, de escuro, de animais, hoje, de contaminação…
Temos muitas pessoas, com a síndrome da Pandemia, que desenvolveram até uma neurose. Sabemos que ainda temos que nos cuidar, mas esse cuidado não pode ser paralisante ao ponto de nos isolarmos totalmente. Se faz necessário o contato, seja pessoal ou virtual, pois é nas relações que encontramos o sentido da nossa existência.
Portanto, a ansiedade pode ser tratada, enfrentada fazendo novos caminhos, por intermédio da farmacologia, pela psicoterapia. E, principalmente pela formação das redes de apoio familiar e social, o que nos proporcionará as mudanças de dentro para fora de nós!