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Gatilhos emocionais

Constantemente ouvimos essa expressão: qual foi o gatilho que desencadeou o que estamos sentindo?

Tem momentos, que sem saber o “porquê”, sentimos algo que não sabemos explicar, mas que dentro de nós, nos incomoda, nos faz sentirmo-nos “pesados, entristecidos, cansados”. E, na fase em que estamos vivendo, temos muitos “ingredientes que podem muito bem formar a receita para uma série de sentimentos de angústia e tristeza”.

E, ao termos um olhar um pouco mais focado, percebemos que a pandemia, trouxe em seu bojo, muitos gatilhos: perdas reais de vida, de emprego; perdas simbólicas: o modo de viver mudou, nos isolamos, a incerteza se instalou.

O Psicólogo Flávio Voigt, pondera que é importante definir bem o termo “gatilho”, pois alguns sentimentos podem estar relacionados a uma patologia, outros não. Aponta também, a importância de avaliarmos as questões de forma global, levando em conta a realidade e não o imaginário. “Estamos ainda passando por um processo de luto, de precisar ressignificar a vida muito rapidamente” e junto disso os riscos continuam crescendo, pois os últimos tempos vêm nos impondo maior cuidado com a vida em si até tudo que dá significado a ela e a viabiliza, como trabalho e renda para a sobrevivência.

Dessa forma, vamos identificando os gatilhos que nos deixam mais ansiosos, e acabamos por ter mais compulsão por compras e alimentação, tomamos decisões impulsivas, o medo da violência se instala, aumentamos a insegurança, até nos desequilibramos emocionalmente.

Podemos ter a nossa própria proteção individual sabendo como lidar com essas situações, porém, de fato não está tudo bem. “Muitos problemas e situações, “lá fora” são reais e sabemos da existência de parcelas humanas mais vulneradas social e economicamente.

Saúde mental é um direito e buscá-la se faz necessário: perceber como processamos as informações recebidas; saber manejar o mundo sem esgotar toda a nossa energia; ter consciência do peso e da importância do que estamos sentindo, pois cada um tem seu próprio limite para lidar com o seu sofrimento.

E, dessa maneira vamos identificando os gatilhos que provocam as diferentes sensações, sentimentos, dores, medos e caminhando na construção de um sentido para a nossa vida, principalmente agora quando o mundo está numa situação tão crítica, esse sentido se faz “tão urgente”.

Importante se faz, a autorreflexão, a sinceridade, o compartilhar sentimentos, realizar trocas afetivas mesmo de forma virtual.

Por conta dessa tomada de consciência, vamos alimentando a esperança de que poderemos no aqui e no agora reconstruir um mundo mais feliz e humanizado.

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