em

FATO ou FAKE?

Lílian Yara de Oliveira Gomes- CRP 08/17889

Sabendo pelo Relatório Digital Global 2021, “que as pessoas passam em média 06 horas e 54 minutos na internet, em diversas plataformas”, não me surpreendi porque sempre avalio essa situação. Isso corresponde a “um terço dos nossos dias conectados e acessando uma quantidade enorme de informações e de forma muito rápida e fugaz”.

E, aí vamos explicando o porquê da baixa taxa de atenção concentrada e de foco que ouço nas minhas sessões terapêuticas: “não consigo terminar uma atividade”; “começo um trabalho e não termino”; “inicio uma leitura e não lembro o que li”; “estudei tanto e deu branco na hora da prova”…

“Os nossos hábitos de leitura focados em tela, em vez de papel, e de forma dinâmica – aquela passada de olhos geral em um texto – estão atrofiando nossa capacidade de compreender argumentos e ideias mais complexos. E, mais do que isso: estamos menos empáticos com pontos de vista divergentes”, nos orienta a neurocientista Maryanne Wolf, no livro “O cérebro no Mundo Digital”.(2019)

            A mesma neurocientista aponta que “se nada fizermos para mudar os rumos atuais, essa situação tende a ser preocupante, já que as crianças, segundo Wolf, não nascem com uma capacidade de interpretar textos e números: isso é apreendido, principalmente com leitura atenta”. E ainda nos alerta que podemos ficar “muito mais suscetíveis a notícias falsas, “as fake news” e a falsas promessas e expectativas.

            “Acreditar em fake news tem muito mais a ver com sentimentos do que com a razão. Nossas crenças são formadas com base em experiências e ensinamentos desde a infância, às quais vão ao longo da vida, sendo moldadas e solidificadas”. E nesse sentido é muito importante que os familiares acompanhem o desenvolvimento de seus filhos, os seus relacionamentos, a escola, o trabalho, para que não se desviem da verdade, da realidade.  

            Portanto, “cabe a cada um de nós reconhecer a nossa função individual e coletiva em avaliar criticamente as informações que recebemos e sermos responsáveis pelo que lê, divulga ou compartilha”.

E, será que temos a consciência em reconhecer se são sátiras ou paródias, se há nexo, se o conteúdo é verdadeiro, se a fonte é confiável, se o conteúdo foi ou não maquiado e/ou manipulado?

Temos que usar a informação do sinaleiro: PÁRE- PENSE- PASSE! E eu acrescento, avalie: é FATO ou FAKE?

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.