Lílian Yara de Oliveira Gomes
CRP 08/17889
Nessa semana nos deparamos com muitas situações em que a violência se fez presente.
Como avaliar tais situações e compreender tais comportamentos?
O ser humano é um ser bio-psico-social e espiritual. Trazemos em nossa genética o que é de mais instintivo e primitivo, mas também nos aculturamos, educamos, nos civilizamos e nos conscientizamos.
O que levam pessoas a agirem de forma a nos causar “estranhamento, terror, destruição, desesperança”?
“O homem na sua origem é só instinto”… Será que a raça humana está cada dia mais “inventando formas de destruir a si própria?”
Temos várias formas de distorcer nosso comportamento: pela mentira, pela violência, pelo roubo, pela traição, pelos vícios, o bullying, alterações artificiais no corpo que nos transfiguram, muitas vezes, o estress, o vício pelo jogo, a fofoca, a violência, pelo amor platônico, pela discriminação…
Essa última, muito perigosa, pois nos faz “doentes” e nos faz fanáticos e “donos da verdade” e da vida do outro. Como estarão os familiares dessas vítimas dos bárbaros? Temos que combater a discriminação e o terrorismo e o ódio ao diverso e diferente. Somos todos iguais na diferença.
Ocorre que há “desvios de conduta” nem sempre percebidos no dia a dia familiar. Quando tais fatos ocorrem, todos se surpreendem… mas “ele” já estava ali. Esse é “caracterizado por padrões persistentes de conduta socialmente inadequada, agressiva ou desafiante, com violação de normas sociais ou direitos individuais”.
Importante se faz, observar o ambiente familiar, no sentido de perceber as possibilidades de se desenvolver transtornos de conduta. Podem vir relacionados a históricos de agressividade intrafamiliar, abuso sexual, violência doméstica, alcoolismo e uso de substâncias psicoativas.
Também o apoio social se faz importante, pois nem todos, principalmente os adolescentes, “entre 60-70% com transtornos de conduta Não se tornam antissociais/psicopatas/sociopatas. A maioria nunca chega a ser condenada por algum crime e se tornam produtivos desde que possuam apoio social e terapêutico suficiente”.
Portanto, não podemos banalizar os fatos referidos, aceitando-os sem censurá-los e sem avaliarmos, e por conseguinte, tornando nossa sociedade mais justa e humana…