“O Que É, o Que É?” (Gonzaguinha).
São misturas de alegrias e tragédias causadoras de grandes impactos emocionais, sociais e comunitários. Umas, nos atingem menos e outras, às vezes indiretamente, pois nem sempre acontecem conosco mesmos, porém nos atingem de forma a sentirmos a dor dos que nela foram envolvidos.
“As grandes tragédias, provindas de fenômenos naturais ou de eventos sociais, costumam ter um grande impacto psicológico nas pessoas direta e indiretamente envolvidas. A queda de um avião, um ataque terrorista, um furacão, uma grande enchente…
São acontecimentos que abalam de forma abrupta, chocam e surpreendem a todos. A ordem e a estabilidade do ambiente, os vínculos afetivos e emocionais seguros se evaporam em questão de minutos, criando uma sensação imediata de confusão e desamparo”. Eventos como esses, traumáticos e de grande magnitude, são dotados de tamanha intensidade e violência que se tornam muito difíceis para que a pessoa que o experimenta possa processá-lo de imediato. Mesmo não conhecendo as pessoas envolvidas ou estando a quilômetros de distância da tragédia, as pessoas se confrontam com uma realidade que é inimaginável, sofrida. Presenciamos, então, um sentimento coletivo e amoroso na busca de conforto da dor diante da morte e do desamparo. São situações que nos fazem pensar na nossa própria fragilidade, impotência e, muitas vezes, em nossos próprios lutos pessoais. Nos fazem pensar no que deixamos de fazer, nos sonhos que não realizamos, nas pessoas das quais estamos distantes.
Avaliando e estabelecendo uma relação empática, ou seja, nos colocando no lugar das pessoas
Como ressignificar a vida? Para algumas pessoas, a vida acabou? Ficaram sem teto, sem trabalho, sem familiares… O quê pode dar sentido à vida?
O homem tem o privilégio de poder, com o passar do tempo, encontrar novas alternativas de sobrevivência, de resiliência…
Não será fácil. Porém compartilhar a dor e a perda é uma das grandes armas para encontrar uma saída criativa e saudável para a elaboração do luto. Assim como dar “tempo ao tempo…”
E dessa forma, “eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita”