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A importância do “NÃO”

Lílian Yara de Oliveira Gomes – CRP 08/17889

Será que dizer “não” para a criança é um ato de amor? Apesar de nem sempre ser tão fácil negar coisas para nossos pequenos, um simples “não” traz consigo importantes ensinamentos, como paciência e continuidade.

“Apesar de nenhum pai querer ver seu pequeno chorando ou se frustrando, isso é algo que inevitavelmente vai acontecer. Ao tentar satisfazer todas as vontades da criança não estamos evitando suas frustrações e sentimentos negativos, ao contrárioDar limite para uma criança é ajudá-la a se preparar para a vida adulta. Afinal, de que adianta seu pequeno receber “sim” dos pais e, mais tarde, começar a receber diversos “nãos” sem ter aprendido como lidar com o sentimento que isso gera?”

Negar algo para a criança não significa que você deve ser ríspido ou que ela deve ter medo de você. O “não” deve ser feito com base em uma decisão consciente e racional. Por exemplo, quando a criança pede para comer mais um doce e você, conscientemente, nega, sabendo que mais um doce naquele momento não será algo saudável para ela. Você não precisa negar em tom de repreensão, mas sim em tom de conversa, inclusive explicando o motivo que te fez tomar a decisão.

A vontade dos pais é satisfazer todas as vontades dos filhos, achando que isso irá lhe proporcionar felicidade. Porém, dizer o famoso “não” é o primeiro passo para ensinar os filhos a esperar e ter limites. Assim, eles irão aprender a lidar melhor com as adversidades que surgirem pelo caminho.

No entanto, há outras circunstâncias em que a vontade de dizer “não” se debilita, nos confunde e nos coloca naquilo que o filósofo Albert Camus chama de “entre o sim e o não”, como quando achamos difícil decidir se nossas suspeitas têm fundamento ou distinguir entre a fantasia e a realidade. Sigmund Freud trata da questão no ensaio intitulado A Negação, no qual propõe que esta pode ser mais reveladora do que uma observação afirmativa, como quando alguém diz: “A mulher no meu sonho não é minha mãe” e nos dá a chave da verdade essencial que foi reprimida: na verdade, é sua mãe. Freud conclui que a dificuldade de dizer “não” deriva do fato de que no inconsciente não existe esse conceito. (Fonte: El País em 17/03/20)

Portanto, se faz necessário avaliar sempre o contexto, as circunstâncias e as diferentes situações em que o NÃO é necessário: o quê damos e o quê recebemos. Qual é mais fácil? Receber ou dar um NÃO? Pensemos nisso!

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