Na 28ª edição do Prêmio Equilibrista, criado pelo IBEF (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças no Paraná), Edineia Martins, diretora executiva de Finanças da JTEKT Automotiva Brasil, foi o destaque máximo no evento que é considerado o Oscar do mundo das finanças. Esta é a quarta vez que uma mulher alcança essa conquista.
Qual a principal característica do líder financeiro?
O dia a dia do executivo de finanças é semelhante à arte de equilibrar pratos, sobretudo hoje com uma atuação muito mais ampla. Antes, o profissional de finanças era tido como aquele que segurava o caixa, dizia não a tudo. Hoje, ele se aproxima de todo processo na empresa e diz não com propriedade.
Como foi o desenvolvimento da sua carreira?
Em 2002, iniciei minha atividade na JTEKT Automotiva Brasil (antiga Koyo), multinacional japonesa do setor automotivo especializada na produção de sistemas de direção para veículos leves, no cargo de Analista de Custos, desenvolvendo uma carreira profissional, passando pelos cargos de Supervisora, Gerente Financeiro e Contabilidade, Gerência de Gestão de Pessoas, Gerência de Tecnologia da Informação e Gerência de Compras. Atualmente, sou diretora executiva responsável pelas áreas de Finanças, Contabilidade, Planejamento Financeiro, Gestão de Pessoas, Tecnologia da Informação e Compras.
Qual foi a principal obra responsável pela sua escolha como Equilibrista 2013?
Ganhei o prêmio com um case onde todas as fábricas mundiais da JTEKT disputavam um projeto que vai substituir em breve a direção hidráulica pela elétrica. Ao invés de buscar a opção tradicional de financiamento via BNDES, que não iria nos dar competitividade mundial, fomos até a FINEP e argumentamos com o governo brasileiro que o projeto iria trazer benefícios para o país, bem como causar impactos para os fornecedores locais. Com isso, fomos pioneiros, no Brasil, a trazer um produto que é feito 100% lá fora para ser fabricado aqui.